Este valor quadruplica o pedido inicial de fundos que as Nações Unidas fizeram poucos dias após o...
A ONU anunciou nesta sexta-feira(3) que vai precisar de US$ 1,2 bilhão para ajudar toda a população da Faixa de Gaza, cerca de 2,2 milhões de pessoas sitiadas pelos bombardeios israelenses, e cerca de 500 mil residentes da Cisjordânia, o outro território palestino ocupado, onde se agravou a situação econômica e social.
Este valor
quadruplica o pedido inicial de fundos que as Nações Unidas fizeram poucos dias
após o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas (em 7 de
outubro), uma vez que a situação é muito mais grave do que então se previa.
Para cumprir sua
missão de ajudar os civis, a ONU disse que deve autorizar a entrada de mais
ajuda e abrir outras travessias fronteiriças de Israel, em particular a de
Kerem Shalom, destinada à passagem de mercadorias, além da única que liga o
Egito ao Gaza (Rafah) e que está aberta em intervalos há duas semanas.A guerra deslocou à força 1,5 milhão de habitantes de Gaza, dos quais aproximadamente 700.000 estão abrigados em 149 diversas instalações da...
O primeiro apelo à comunidade internacional para financiar a resposta humanitária em Gaza foi apresentado há três semanas e não teve a resposta esperada, uma vez que foram recebidos apenas 25% dos US$ 294 milhões solicitados naquela altura.
Os US$ 1,2 bilhão incluem o montante inicial necessário, segundo especificou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
A guerra deslocou à força 1,5 milhão de habitantes de Gaza, dos quais aproximadamente 700.000 estão abrigados em 149 diversas instalações da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), que estão sobrecarregadas com quatro vezes mais pessoas do que a capacidade que têm, ainda que algumas tenham excedido sua capacidade em até 10 vezes.
''Para se ter uma
ideia da situação, isto significa que em alguns locais há 240 pessoas vivendo
em salas de aula de 40 a 60 metros quadrados”, descreveu o porta-voz do OCHA,
Jens Laerke, em um coletiva de imprensa em Genebra, onde gere a logística da
ajuda humanitária em escala global.
EFE
EDIÇÃO DE ANB
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