''O ruído entre o governo e o BC gerou uma incerteza em relação a capacidade do Banco Central de atingir os objetivos”, disse Campos Neto
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (22) que as divergências públicas entre a autoridade monetária e o governo federal estão entre os fatores que mantém a alta das expectativas para inflação. ''O ruído entre o governo e o Banco Central gerou uma incerteza em relação a capacidade do Banco Central de atingir os objetivos”, disse em palestra promovida pelo jornal Folha de S. Paulo.
Além
disso, segundo Campos Neto, há uma insegurança no mercado sobre a possibilidade
de que seja alterada a meta de inflação. ''O componente da incerteza da meta é
predominante, a gente precisa ver como isso vai se desenvolver. Mas, eu acho
que a gente tem elementos para começar a ver essa expectativa de inflação
caindo”, acrescentou.O presidente do BC diz acreditar que aumentar a meta de inflação não traria efeitos positivos.
O
presidente do BC diz acreditar que aumentar a meta de inflação não traria
efeitos positivos. ''Mudar a meta agora para cima não geraria flexibilidade
[para a política fiscal do governo]”, disse. Definida pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), a meta de inflação é de 3,25% para este ano, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite
inferior é 1,75% e o superior, 4,75%.
O
CMN é formado pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e pelo presidente do
Banco Central.
Harmonia
Apesar de defender que a política monetária e a política fiscal devem ter ''harmonia”, Campos Neto destacou que as ações do governo e do Banco Central têm diferenças importantes. ''É importante separar o ciclo político do ciclo econômico. A gente precisa ter harmonia entre o fiscal e o monetário, mas nem sempre eles têm o mesmo ciclo. Intertemporalmente, os ciclos são diferentes. O tempo de efeito é diferente”, disse.
O presidente do BC disse ainda que não vê problemas em que a atuação da autoridade monetária sofra críticas, com as que foram feitas em diversas ocasiões pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ''O presidente tem direito de entrar em um debate sobre taxa de juros que está acontecendo em vários outros países”, ponderou ao ser perguntado sobre o tema.
Campos Neto, entretanto, defendeu a atuação do BC, especialmente durante o ano passado, quando foi feita uma alta na taxa básica de juros para conter a inflação. ''Se a gente não tivesse autonomia, o período de eleição brasileira teria mais volatilidade nos mercados. Óbvio que é difícil comprovar isso”, disse.
AB
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