Especialistas alertam que floresta poderá alcançar ponto de ruptura ainda nesta década se ritmo de destruição persistir
Entre
1985 e 2020, a Amazônia perdeu
74,6 milhões de hectares de sua cobertura vegetal natural- uma área
equivalente ao território do Chile. No mesmo período, houve um crescimento de
656% na mineração, 130% na infraestrutura urbana e 151% na agricultura e
pecuária.
Estas
são algumas das principais conclusões de um mapeamento inédito do MapBiomas
Amazônia que foi apresentado nesta quinta-feira(30), por meio da
plataforma youtube.com/raisg.
A Coleção 3.0 de Mapas Anuais de Cobertura e Uso do Solo da Amazônia incorpora
todo o bioma, desde a Cordilheira do Andes, passando pela planície amazônica e
alcançando as transições com o Cerrado e o Pantanal.
O
mapeamento temporal do uso e cobertura de solo do bioma mostrou que se em 1985
apenas 6% da Amazônia havia sido convertidos em áreas antrópicas, como
pastagens, agricultura, mineração ou áreas urbanas, em 2020, esse percentual
quase triplicou, chegando a 15% de toda a região.
O processo varia consideravelmente entre os países, sendo apenas 1% para Suriname, Guiana e Guiana Francesa e, no outro extremo, 19% no Brasil. Estudos recentes sugerem que a perda de 20-25% da cobertura florestal da Amazônia pode significar o ‘ponto de inflexão’ (ponto de ruptura) para os serviços ecossistêmicos da Amazônia. Se a tendência atual verificada pela MapBiomas continuar, essa virada poderá ser alcançada ainda nesta década.
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Gerada por técnicos e especialistas de cada um dos países que integram a Amazônia a partir de imagens de satélite, esta terceira coleção de dados inclui novas classes de uso. |
O objetivo é contribuir para o
conhecimento da situação atual da região amazônica de forma integral - tanto
das mudanças no uso do solo em toda a Amazônia como das pressões sobre suas
florestas e ecossistemas naturais.
“Reconstruir a história de nossa
Amazônia olhando as mudanças ano a ano em suas coberturas naturais,
identificando perdas de coberturas tão importantes como geleiras e florestas em
geral, nos ajuda a construir e propor estratégias de conservação mais
precisas”, destaca Beto Ricardo, coordenador geral da RAISG.
“A
Coleção 3.0 do MapBiomas Amazônia mostra uma antropização profunda e rápida em
curso na região”, afirma Tasso Azevedo, coordenador geral da MapBiomas. “Nos
atuais mapeamentos do MapBiomas em toda a América do Sul este é um padrão
marcante. Os dados são inestimáveis para o entendimento da dinâmica de uso dos recursos naturais da
região, além de contribuir para a modelagem climática e o cálculo das emissões
e remoções de gases de efeito estufa devido às mudanças e uso do solo na
região”, completa.
MapBiomas
Amazônia é uma iniciativa liderada pela Rede Amazônica de Informações Socioambientais
Georreferenciadas (RAISG) com o apoio do MapBiomas. Em 2019, lançou a Primeira
Coleção, abrangendo o período de 2000 a 2017; em 2020, a Segunda Coleção, que
cobre 1985-2018. Agora, a Terceira Coleção abrange os 36 anos entre 1985 e
2020.
bdf
edição
de anb
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