quarta-feira, 23 de outubro de 2019

RIO

Impasse com relação ao Acordo Coletivo de Trabalho e privatizações do governo federal são as principais reivindicações

Na última terça-feira (22), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os sindicatos filiados a entidade anunciaram que entrarão em greve a partir de sábado (26). A decisão foi homologada em assembleia pelos petroleiros após a Petrobras não negociar os pontos apresentados pelos trabalhadores para a preservação do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
O ACT também foi enviado para o Tribunal Superior do Trabalho (TST) no dia 26 de setembro. De acordo com a FUP, a gestão da Petrobras retirou diversas cláusulas do Acordo Coletivo, acabando com direitos e garantias conquistados pela categoria ao longo das últimas décadas, propôs reajuste salarial de 70% da inflação e quer aumentar a assistência médica dos petroleiros em mais de 17%.
Petroleiros reivindicam melhores condições também para os terceirizados e denunciam as privatizações promovidas por Bolsonaro - Créditos: Tânia Rego/ Agência Brasil
Petroleiros reivindicam melhores condições também para os terceirizados e denunciam as privatizações promovidas por Bolsonaro. 
Segundo Tezeu Bezerra, coordenador do Sindipetro do Norte Fluminense, a mediação do Tribunal tem sido importante neste momento, mas áreas chaves para os trabalhadores acabaram não andando.
“Não conseguimos avançar em pontos que são importantes para os direitos dos petroleiros, como o acordo de dois anos, a assinatura de acordo para todas as subsidiárias do sistema Petrobras, não só a empresa Petrobras em si, mas a Transpetro, Nitrogenada Araucária e outras empresas do sistema Petrobras. E aproveitamos o momento para denunciar as privatizações, os assédios, o corte de direitos dos trabalhadores terceirizados,  a exemplo do plano de saúde, vários terceirizados estão tendo seus salários rebaixados e também estão ficando sem plano de saúde”, explica.
Nesta quarta-feira (23) a FUP e seus sindicatos estarão reunidos em Conselho Deliberativo no Rio de Janeiro para discutir estratégias da greve.
Jaqueline Deister
Edição de Mariana Pitasse

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