quarta-feira, 3 de outubro de 2018
Poesia Sempre! 
Leia na íntegra o poema Roma Santa da obra Ode Triste para Amores Inacabados, de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia

Roma Santa

Vem Roma Santa, curvada pelos anéis de Calígula  
Jaz rubicunda tua seiva vã
Entre  nações de cães(à mingua)
Motel Paradise ,  som bissexto

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'Entre  nações de cães  (à mingua)'
'Motel Paradise ,  som bissexto'
Vem Roma Santa, curvada pelos anéis de Calígula 
À luz do entendimento ,    encruada
Estandartes  pudendos ,    asas,  memórias
Aves   no meio do nada


Roma Santa ,  talismã embevecido  
Vem nas afrodisíacas luas que   trazem
As  imperianas garrochas

'Vem nas afrodisíacas luas que   trazem'
Roma, santa muralha  estremecida
Teus mastros abundam coágulos sangrentos
E mesmo a pele queimada é beijada entre as rezes   
Até que  que ela durma com ele sem  os seios prostrados
À lâmina da morte  na ceifada  corrente 
Delíquios de breu ,  apostemas pastados 

'Até que  que ela durma com ele sem  os seios prostrados'
Roma  Santa faz-me em ti tua metade doente 
E vazes em cílios os campos remotos
Onde a vista se alonga  à sangria indecente
Por aqueles que já nascem tão cheios de mortos


Vem Roma Santa


São Luís, agosto de 1999

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