sexta-feira, 31 de agosto de 2018
Decidiu subir o tom para pressionar o governo brasileiro a voltar atrás numa decisão que...
A Coca-Cola
decidiu subir o tom para pressionar o governo brasileiro a voltar atrás numa
decisão que, na prática, aumentou a carga de impostos paga pela companhia no
país.
A empresa agora ameaça
produzir seu xarope de refrigerante em outro país da região, segundo
informações do jornal Folha de S.Paulo. Hoje ele é produzido na Zona Franca de
Manaus. Isso porque, em junho, o governo mudou a cobrança do IPI, o que reduziu
os créditos tributários recebidos pela companhia.
A mudança na regra foi
a seguinte: o xarope de refrigerante passou a pagar uma alíquota de 4% de IPI,
contra os 20% que eram cobrados anteriormente. Aparentemente, portanto, é uma
redução no imposto.
Porém, muitas
companhias do setor, em especial as grandes, produzem esse xarope na Zona
Franca de Manaus, com isenção de tributos. Então, os 20% de IPI que seriam
cobrados dessas companhias na verdade tornavam-se créditos para elas.
A empresa não pagava os
20% porque está na Zona Franca de Manaus. Mas na hora que o xarope sai de
Manaus para as engarrafadoras que estão em outros Estados, elas ganhavam um
crédito de 20%. Com a nova regra, o desconto passou a ser de 4%.
A pressão da Coca-Cola
e de outras grandes empresas do setor, reunidas na Abir (Associação Brasileira
das Indústrias de Refrigerantes) é para que o governo Temer aumente o IPI para
pelo menos 15%. Caso contrário, as companhias ameaçam fechar 15 mil postos de
trabalho na Zona Franca de Manaus.
A Coca-Cola decidiu subir o tom para pressionar o governo brasileiro a voltar atrás numa decisão que, na prática, aumentou a carga de impostos paga pela companhia no país.
Porém, há mais questões em jogo. Pequenas fabricantes de refrigerantes denunciam que, além do crédito recebido, a Coca-Cola e outras grandes superfaturam o produto que sai da Zona Franca, aumentando ainda mais a distorção. |
Porém, há mais questões em jogo. Pequenas fabricantes de refrigerantes denunciam que, além do crédito recebido, a Coca-Cola e outras grandes superfaturam o produto que sai da Zona Franca, aumentando ainda mais a distorção.
A renúncia fiscal
das multinacionais de concentrado localizadas na Zona Franca de Manaus foi de
9,1 bilhões de reais em 2016, diz a entidade.
EXAME entrou em contato
com a Coca-Cola e com a Abir, entidade que reúne 59 fabricantes, dentre elas
Coca-Cola, Pepsi e Ambev. Assim que houver um posicionamento, ele será incluído
neste texto.
Refrigerante e filé
mignon
A celeuma expõe ainda um problema antigo, que é o dos benefícios fiscais. Só em 2018 a União vai abrir mão de R$ 283,4 bilhões por causa de benefícios fiscais. Na lista dos produtos agraciados com um desconto nos impostos estão itens como salmão, caviar, filé mignon e todos os tipos de queijo.
AS INFORMAÇÕES SÃO DA
REPÓRTER MARIANA DESIDÉRIO, DE EXAME
EDIÇÃO BALUARTE
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