sexta-feira, 22 de junho de 2018
JORNALISTAS SÃO INTIMADAS A DEPOR À POLÍCIA DE MG APÓS REPORTAGENS SOBRE PIMENTEL
A Polícia Civil de Minas Gerais intimou duas repórteres do jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, supostamente para chegar à identidade de funcionários da estatal Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) que teriam sido fontes de reportagem
A Polícia Civil de Minas Gerais intimou duas repórteres do jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, supostamente para chegar à identidade de funcionários da estatal Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) que teriam sido fontes de reportagens com denúncias contra o governo de Fernando Pimentel (PT).
O inquérito foi requerido pela Codemig na última segunda-feira (11) e instaurado já na terça-feira (12), cerca de 24 horas depois da solicitação da estatal.
A intimação foi entregue às jornalistas Angélica Diniz e Ludmila Pizarro na redação do jornal, nessa quinta (14), com a determinação de que elas se apresentassem no Departamento de Investigações contra o Patrimônio da Polícia Civil no dia seguinte. Nessa sexta-feira (15), as duas jornalistas atenderam à intimação, prestaram depoimento à polícia e se recusaram a revelar as fontes das matérias.
Segundo o advogado de "O Tempo", Fábio Antônio Tavares, a Constituição Federal, no inciso 14 do artigo 5º, assegura aos jornalistas o direito de sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional.
"Elas foram intimadas para fornecer os nomes das fontes ou dizer se conheciam o nome de um servidor que teria sido demitido da empresa após ser acusado pela própria Codemig de ter sido o responsável pelo vazamento das informações", afirmou Tavares.
Desde o início de fevereiro, Diniz e Pizzarro têm feito reportagens investigativas relativas à estratégia de Pimentel em obter dinheiro para sanar dívidas do Estado.
De acordo com reportagens assinadas pelas duas repórteres, Pimentel tentou vender ações de nióbio em poder da Codemig, por meio do desmembramento da estatal, e buscou contratar empréstimo bilionário com juros acima dos praticados pelo mercado, também por meio da Codemig. Nos dois casos, as tentativas do petista foram barradas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) de Minas Gerais.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa de Minas, deputado Durval Ângelo (PT), disse que o governo iria tomar as medidas necessárias para reverter a decisão do TCE em barrar os empréstimos. Ele acusa as gestões tucanas anteriores à de Pimentel de serem as responsáveis pelos problemas econômicos que dificultaram a administração do Estado e resultaram na atual situação de calamidade financeira.
O secretário de Governo Odair Cunha, por sua vez, disse que operação da Codemig é financeira e não de crédito. "Estamos dispondo de ativos que o estado tem. Não se trata de antecipação de receita. Essa operação vai garantir que o estado consiga equilibrar suas contas".
A assessoria de Pimentel informou neste sábado (16) que não comentaria o caso. Procurada pela reportagem do UOL, a assessoria da Polícia Civil não se manifestou sobre o assunto até esta publicação. A assessoria da Codemig não foi localizada. Nenhum representante do sindicato dos jornalistas de Minas Gerais foi localizado também para comentar a intimação das duas repórteres.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO UOL
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
A Polícia Civil de Minas Gerais intimou duas repórteres do jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, supostamente para chegar à identidade de funcionários da estatal Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) que teriam sido fontes de reportagem
A Polícia Civil de Minas Gerais intimou duas repórteres do jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, supostamente para chegar à identidade de funcionários da estatal Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) que teriam sido fontes de reportagens com denúncias contra o governo de Fernando Pimentel (PT).
O inquérito foi requerido pela Codemig na última segunda-feira (11) e instaurado já na terça-feira (12), cerca de 24 horas depois da solicitação da estatal.
A intimação foi entregue às jornalistas Angélica Diniz e Ludmila Pizarro na redação do jornal, nessa quinta (14), com a determinação de que elas se apresentassem no Departamento de Investigações contra o Patrimônio da Polícia Civil no dia seguinte. Nessa sexta-feira (15), as duas jornalistas atenderam à intimação, prestaram depoimento à polícia e se recusaram a revelar as fontes das matérias.
Segundo o advogado de "O Tempo", Fábio Antônio Tavares, a Constituição Federal, no inciso 14 do artigo 5º, assegura aos jornalistas o direito de sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional.
"Elas foram intimadas para fornecer os nomes das fontes ou dizer se conheciam o nome de um servidor que teria sido demitido da empresa após ser acusado pela própria Codemig de ter sido o responsável pelo vazamento das informações", afirmou Tavares.
Fernando Pimentel, do PT: logística da Civil para perseguir jornalistas? |
Desde o início de fevereiro, Diniz e Pizzarro têm feito reportagens investigativas relativas à estratégia de Pimentel em obter dinheiro para sanar dívidas do Estado.
De acordo com reportagens assinadas pelas duas repórteres, Pimentel tentou vender ações de nióbio em poder da Codemig, por meio do desmembramento da estatal, e buscou contratar empréstimo bilionário com juros acima dos praticados pelo mercado, também por meio da Codemig. Nos dois casos, as tentativas do petista foram barradas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) de Minas Gerais.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa de Minas, deputado Durval Ângelo (PT), disse que o governo iria tomar as medidas necessárias para reverter a decisão do TCE em barrar os empréstimos. Ele acusa as gestões tucanas anteriores à de Pimentel de serem as responsáveis pelos problemas econômicos que dificultaram a administração do Estado e resultaram na atual situação de calamidade financeira.
O secretário de Governo Odair Cunha, por sua vez, disse que operação da Codemig é financeira e não de crédito. "Estamos dispondo de ativos que o estado tem. Não se trata de antecipação de receita. Essa operação vai garantir que o estado consiga equilibrar suas contas".
A assessoria de Pimentel informou neste sábado (16) que não comentaria o caso. Procurada pela reportagem do UOL, a assessoria da Polícia Civil não se manifestou sobre o assunto até esta publicação. A assessoria da Codemig não foi localizada. Nenhum representante do sindicato dos jornalistas de Minas Gerais foi localizado também para comentar a intimação das duas repórteres.
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