sexta-feira, 15 de junho de 2018
João José é herdeiro da tradição iniciada por seu pai, João Pimenta,
falecido há 9 anos
Lançando uma toada para homenagear e preservar as tradições folclóricas do sotaque costa de mão, o bumba meu boi Amigo do Povo da Vila Conceição, do povoado de Tagipuru, na zona rural de São Luís, trará no retorno de suas apresentações uma letra cheia de recados à sociedade em defesa da permanência do ritmo na cultura maranhense.
A edição oficial do São João de Todos 2018 começa nesta sexta-feira (15), e um dos cantadores do boi Amigo do Povo da Vila Conceição, João José Alves Santos, de 50 anos, antecipa o que mostrará nos arraiais: “Vou mandar meu boi rolar com todo meu batalhão, é melhor você vir ver o sotaque costa de mão. Ele já chegou para mostrar o seu valor. Ano passado esse boi não brincou, mas esse ano o Governo nos chamou”, enfatiza parte da letra composta por ele.
João José é herdeiro da tradição iniciada por seu pai, João Pimenta, falecido há 9 anos. Quem passou a ficar à frente do bumba meu boi foi Nilzete Alves Santos, de 69 anos, viúva do João Pimenta e mãe de João José.
Ela é que vem dando as coordenadas e mantendo o ânimo dos brincantes
para encarar mais um ano de apresentação, evitando a extinção deste
sotaque. “A brincadeira é algo muito importante que herdamos do meu
marido. Sempre trabalhamos unidos para que a nossa tradição não fosse
deixada de lado. Aqui, além da minha família, amigos e conterrâneos de
Cururupu participam da festa”, comenta.
A luta travada por Nilzete e João José é somada às batalhas de outros donos de grupos de bumba meu boi que trazem o ritmo peculiar da região do Litoral Oriental maranhense. Para fortalecer a luta, o Governo do Maranhão, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os próprios representantes da cultura no estado vêm realizando ações em prol da preservação da identidade do grupo folclórico.
João José conta que teme o desaparecimento da tradição que o encanta desde os três anos de idade, quando já acompanhava o seu pai nas apresentações de rua. Para ele, levar o nome do boi e do sotaque costa de mão aos arraiais e terreiros do Maranhão é mais que uma honra. É sentir a presença do pai nos festejos: “Eu tenho a imagem bem clara do meu pai brincando e de toda uma geração que valorizava o costa de mão e o período de São João”.
O Iphan reconheceu em 2011 o bumba meu boi como patrimônio cultural e imaterial brasileiro nos cinco sotaques (costa de mão, matraca, zabumba, orquestra e Pindaré). Uma das medidas adotada pelo Governo do Maranhão foi tirar o sotaque costa de mão do processo seletivo e colocá-lo diretamente no quadro de apresentações em todos os arraiais oficiais, onde estes grupos abrirão todas as noites a programação.
Renda extra
Além de bordar, montar e personalizar os próprios instrumentos do seu bumba boi, João José e sua mãe, Nilzete, confeccionam artefatos para atrair novos integrantes na atração e manter a cultura viva.
Lançando uma toada para homenagear e preservar as tradições folclóricas do sotaque costa de mão, o bumba meu boi Amigo do Povo da Vila Conceição, do povoado de Tagipuru, na zona rural de São Luís, trará no retorno de suas apresentações uma letra cheia de recados à sociedade em defesa da permanência do ritmo na cultura maranhense.
A edição oficial do São João de Todos 2018 começa nesta sexta-feira (15), e um dos cantadores do boi Amigo do Povo da Vila Conceição, João José Alves Santos, de 50 anos, antecipa o que mostrará nos arraiais: “Vou mandar meu boi rolar com todo meu batalhão, é melhor você vir ver o sotaque costa de mão. Ele já chegou para mostrar o seu valor. Ano passado esse boi não brincou, mas esse ano o Governo nos chamou”, enfatiza parte da letra composta por ele.
João José é herdeiro da tradição iniciada por seu pai, João Pimenta, falecido há 9 anos. Quem passou a ficar à frente do bumba meu boi foi Nilzete Alves Santos, de 69 anos, viúva do João Pimenta e mãe de João José.
João José conta que teme o desaparecimento da tradição que o encanta desde os três anos de idade, quando já acompanhava o seu pai nas apresentações de rua. |
A luta travada por Nilzete e João José é somada às batalhas de outros donos de grupos de bumba meu boi que trazem o ritmo peculiar da região do Litoral Oriental maranhense. Para fortalecer a luta, o Governo do Maranhão, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os próprios representantes da cultura no estado vêm realizando ações em prol da preservação da identidade do grupo folclórico.
João José conta que teme o desaparecimento da tradição que o encanta desde os três anos de idade, quando já acompanhava o seu pai nas apresentações de rua. Para ele, levar o nome do boi e do sotaque costa de mão aos arraiais e terreiros do Maranhão é mais que uma honra. É sentir a presença do pai nos festejos: “Eu tenho a imagem bem clara do meu pai brincando e de toda uma geração que valorizava o costa de mão e o período de São João”.
O Iphan reconheceu em 2011 o bumba meu boi como patrimônio cultural e imaterial brasileiro nos cinco sotaques (costa de mão, matraca, zabumba, orquestra e Pindaré). Uma das medidas adotada pelo Governo do Maranhão foi tirar o sotaque costa de mão do processo seletivo e colocá-lo diretamente no quadro de apresentações em todos os arraiais oficiais, onde estes grupos abrirão todas as noites a programação.
Renda extra
Além de bordar, montar e personalizar os próprios instrumentos do seu bumba boi, João José e sua mãe, Nilzete, confeccionam artefatos para atrair novos integrantes na atração e manter a cultura viva.
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