domingo, 28 de janeiro de 2018

Governo garantiu mais de cinco mil atendimentos nos centros de planejamento reprodutivo em 2017


Os Centros Sentinela de Planejamento Reprodutivo, entregues pelo Governo do Estado em 2017, estão ampliando o acesso das mulheres a métodos contraceptivos, a informação e a educação para a sexualidade. Funcionando em Balsas e São Luís, os equipamentos permitem à mulher ter controle sobre seu destino, melhor qualidade de vida com o planejamento familiar, além de promover a queda da mortalidade materno-infantil.

Em 2017, foram 5.022 atendimentos e 1.583 dispositivos intrauterinos (DIUs) implantados. “O Centro Sentinela integra um conjunto de ações para intensificar os cuidados com o público materno-infantil e para fortalecer as políticas públicas voltadas para a saúde da mulher. Coloca a mulher como protagonista de sua vida, fornecendo meios e suporte para que ela sustente suas escolhas”, avalia o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

Os Centros são resultados do termo de cooperação técnica entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Além de propagar o uso de métodos contraceptivos, os equipamentos fazem acompanhamento de casos de abortamento e violência sexual. Funcionando no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o Centro Sentinela em Balsas completará um ano de funcionamento no dia 27 de janeiro. Desde então, realizou 999 atendimentos em ginecologia e obstetrícia e 961 atendimentos de enfermagem.

Os Centros Sentinela de Planejamento Reprodutivo, entregues pelo Governo do Estado em 2017, estão ampliando o acesso das mulheres a métodos contraceptivos, a informação e a educação para a sexualidade. Funcionando em...
Além disso, distribuiu 144 contraceptivos orais, aplicou 285 contraceptivos injetáveis e inseriu 732 DIUs – a distribuição de preservativos é em livre demanda. Em São Luís, o Centro Sentinela de Planejamento Reprodutivo funciona na Maternidade Benedito Leite. Até dezembro, foram 3.062 atendimentos de enfermagem, 851 inserções de DIU, 54 contraceptivos orais distribuídos e 32 contraceptivos injetáveis aplicados.

Atendimentos 

Focado no planejamento reprodutivo, o Centro Sentinela é composto por ambulatório com equipe multiprofissional, formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e assistente social. Ernanda Lima dos Santos, manicure de 24 anos, procurou o Centro Sentinela de Planejamento Reprodutivo em Balsas para inserção do DIU. Mãe de três crianças e tendo sofrido um aborto espontâneo após um acidente de moto, ela não pretende aumentar a família.

“É muito bom conseguir o DIU pelo SUS. É um procedimento caro. O centro ajuda muitas mulheres que não querem mais ter filhos, querem colocar o contraceptivo, e, infelizmente, o custo de vida não deixa. Estou feliz por ter colocado e me sinto segura por não correr o risco de engravidar por 10 anos”, comenta.

A coordenadora do Centro em Balsas, Carla Simone Franke Heimburg, acredita que os resultados do trabalho serão sentidos no futuro. “Vínhamos de uma realidade muito diferente. O DIU, por exemplo, tinha uma grande rejeição e, hoje, há uma procura imensa. Os resultados virão em longo prazo. As gestações serão planejadas, com isso, mais tranquilas e seguras. Haverá a diminuição da mortalidade materna e infantil, reflexo também desse planejamento familiar”, pondera.

Para o diretor-geral da Maternidade Benedito Leite, Hilmar Hortegal, a avaliação do funcionamento do Centro Sentinela é positiva. “Inserimos DIUs em pacientes que pariram na maternidade e em pacientes externos, que ficam sabendo que o programa está funcionando e vêm para lá. Quase 50% das pacientes que parem na maternidade retornam para colocar o DIU. Ela coloca e já sai com o ultrassom agendado para saber se está bem posicionado, para garantir a contracepção”, afirma.

Método eficaz, prático, sem hormônios, com longo tempo de ação (10 anos), o DIU tem poucas contraindicações, podendo ser aplicado nas primeiras 48 horas pós-parto, evitando uma nova gravidez nos meses seguintes. O método tem se destacado entre o público dos Centros. “Em especial, o DIU tem deslanchado. Observamos que quem coloca o DIU leva a informação para o seu círculo de conhecidos, que nos procuram depois. Nós oferecemos todas as condições para que o programa dê certo e haja o planejamento familiar”, diz o diretor.

No caso daquelas que decidem pela laqueadura – procedimento de esterilização requisitado pelas mulheres que não desejam mais engravidar -, em São Luís, são encaminhadas a...
No caso daquelas que decidem pela laqueadura – procedimento de esterilização requisitado pelas mulheres que não desejam mais engravidar -, em São Luís, são encaminhadas a Maternidade Nossa Senhora da Penha. Segundo Hortegal, existia uma carência de acesso ao planejamento reprodutivo no estado. “Faltava algo que auxiliasse as mulheres a evitar a gravidez indesejada, que em alguns casos pode culminar em aborto. É uma questão maior de saúde pública, de proteger a vida da mulher”, acredita.

Planejamento 

De acordo com dados do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), divulgados em 2016, do total de nascimentos ocorridos em cinco anos, apenas 54% foram planejados para aquele momento. Entre os 46% restantes, 28% eram desejados para mais tarde e 18% não foram desejados.

O planejamento reprodutivo auxilia quem pretende ter filhos e também quem prefere adiar o momento. Além da vantagem de permitir à mulher decidir sobre sua vida, organismos internacionais apontam que o planejamento auxilia na prevenção contra o HIV, em função do uso de preservativos; no desenvolvimento econômico e social das sociedades; e no equilíbrio entre os recursos naturais e as necessidades da população.

A chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Mulher da SES, Emanuela Brasileiro, explica que a atenção à saúde sexual reprodutiva é um dos eixos prioritários da política de saúde voltada para este segmento. “Além de promover o uso dos contraceptivos, o Centro Sentinela serve como base para traçarmos o perfil das mulheres. A partir disso, conseguimos ter um direcionamento, saber quais ações temos de fazer em cada território”, frisa.

Uma das mudanças pretendidas é a desmistificação do uso de contraceptivos. “Ainda existe um tabu grande, principalmente, em relação ao DIU. A inserção é um procedimento simples”, diz, esclarecendo que a ação se insere em uma conjuntura maior de apoio à mulher.

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