sábado, 30 de setembro de 2017
Nos dias 29 e 30 de Setembro e 1 de Outubro, o Chile realizará um plebiscito sobre os fundos privados de aposentadoria.
 
Durante os dias 29 e 30 de Setembro e 1 de Outubro, o Chile realizará um plebiscito sobre os fundos privados de aposentadoria. A consulta é organizada pelo movimento social NO+AFP(Algo como "Não mais às Administradoras de Fundo de Pensão") e se baseia no artigo 19 da Constituição chilena que garante a liberdade de expressão, entendida esta como liberdade de omitir opinião sobre qualquer tema de interesse nacional, bem como o direito de reunião pacífica sem permissão prévia. Não tem, portanto, a participação do governo de Michelle Bachelet.


As AFPs são instituições privadas encarregadas de administrar os fundos individuais de contribuição para aposentadoria dos trabalhadores. Foram instituídas após o golpe cívico-militar de Augusto Pinochet que, ao derrubar Salvador Allende, primeiro presidente socialista eleito democraticamente no ocidente, instituiu uma série de contrarreformas de caráter liberal no país.
Ponto de votação do plebiscito nesta sexta (29).

O golpe serviu de laboratório experimental aos chamados "Chigacoboys", economistas liberais que, sob a liderança de Milton Freedmann, empreenderam diversas transformações reacionárias na sociedade chilena: privatizações, extinção de direitos trabalhistas e sociais, passagem das aposentadorias para o setor privado, etc.



O Chile foi o primeiro país da América Latina, e um dos primeiros do mundo, a estabelecer este tipo de administração das aposentadorias que submete o futuro dos trabalhadores aos movimentos do capital. A reinvidicação dos chilenos é por um fundo público de pensão que reestabeleça um caráter solidário às aposentadorias. Atualmente a contribuição aos fundos privados é obrigatória e os benefícios são estritamente proporcionais às contribuições.


Em meio a um cenário brasileiro de regressão social e de avanço do capital em direção aos trabalhadores, a situação do Chile mostra a insustentabilidade da administração privada dos fundos de pensão. Não é por acaso que o sistema capitalista tem ampliado esse tipo de instituição. Na medida em que as contribuições previdenciárias são obrigatórias, os capitalistas abocanham parte dos fundos de salários dos trabalhadores para usá-la no jogo da acumulação. O futuro dos trabalhadores passa então a ser cotizado na bolsa.


As informações são do repórter Maicon Cláudio da Silva

Edição do  IELA

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