quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Instituições
culturais do estado precisam mostrar compromisso com a população em várias
frentes.
POR
FERNANDO ATALLAIA
EDITOR-CHEFE
DA AGÊNCIA BALUARTE
Há
muito que as instituições culturais do Maranhão vivem na inércia e apatia da
falta de projetos consistentes, estruturais e englobadores voltados para a contemplação
dos maranhenses e suas exigências.
Teatros,
Museus, Centros Culturais e autarquias ligadas à Secma, que ao longo dos últimos
anos apenas constituíram o organograma administrativo da Secretaria, sem, contudo
mostrar programas culturais sólidos que beneficiassem as comunidades onde estão
inseridos sentem, nos dias atuais, o apelo de mudança por uma nova maneira de
se gerir o fazer cultural na esfera pública.
| O secretário de Cultura do Estado, Felipe Camarão: obrigação de dinamizar as instituições culturais para levar Cultura aos maranhenses |
Pela primeira
vez na recente história do Maranhão se viu, desde a queda de Fernando Bicudo, do
TAA, o descortinar de uma insurgência que a todos foi comum. Artistas,
população, produtores culturais e intelectuais não aceitaram o continuísmo de
um modelo que ousava se perpetuar através da ex-secretária Ester Marques. Ester
caiu da Cultura sob a chancela do descontentamento geral.
Hoje
passados um mês da derrocada de Marques, as reivindicações continuam as mesmas.
Assim como as demandas. Felipe Camarão, o atual titular da Secma, tem a árdua,
embora prazerosa, tarefa de por em prática um conceito cultural que destoe dos
passados. Que efetivamente dinamize as instituições culturais visando à
implantação de medidas e ações que democratizem a Cultura do estado em todas
as cidades a começar pela capital, São Luís.
| O Museu Histórico e Artístico do Maranhão promovia no passado projetos voltados para Música; anfitetatro da instituição cultural está desativado |
Projetos
voltados para Música, Museologia, Literatura, Artes Cênicas, Artes Plásticas,
Pesquisa, Mapeamento, Patrimônio Material e Imaterial, Dança, Arquitetura, Cinema,
Artesanato, Arte Contemporânea e demais seguimentos urdem a pragmática. Os
maranhenses estão ávidos por Cultura e não aceitam mais como justificativa à não promoção da pluralidade cultural maranhense, as datas festivas São João, Carnaval e Réveillon. Sendo que
nesta última, a presença ovacionada de artistas de outros estados em detrimento
dos nossos, tem sido alvo constante de criticas, reclamações e revolta.
| ESCOLHA ACERTADA O escritor Paulo Melo Sousa dedica a vida à Cultura do Maranhão: ele foi nomeado Chefe de Projetos Sociais da Fundação da Memória Republicana Brasileira |
Na
capital, principalmente no Centro Histórico, onde se congrega a grande maioria
das Instituições e Centros Culturais, ainda se vê a ausência gritante de um
programa da Secma que preencha a lacuna histórica da falta de fomentação cultural
dialógica, constante e permanente na área. Como é o caso da Fundação da Memória
Republicana (sediada no Convento das Mercês), que por décadas abandonada à
vaidade de grupos políticos dominantes nunca pôde operar sob o compromisso
social de uma administração de fato compromissada em levar Cultura aos
maranhenses. Feito novo e inédito, a Fundação que conta hoje com a Chefia do escritor
maranhense Paulo Melo Sousa, busca dá uma resposta urgente ao obscurantismo.
Ainda que
se saiba da potencialidade do Maranhão enquanto estado de notável diversidade cultural no País, a falta de vontade política aliada aos muitos
acordos igualmente políticos vem comprometendo a justa ressonância do Setor. Esforços solitários de produtores culturais independentes
mostram um cenário cruel onde o que menos vale são as boas intenções para contextualizar
a terra de Gonçalves Dias no Brasil. Tirar de uma vez por todas o Estado do Maranhão do ostracismo cultural e revelá-lo à altura de sua grandeza.
Felipe Camarão tem muito trabalho pela frente. A começar de hoje.
Felipe Camarão tem muito trabalho pela frente. A começar de hoje.
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Fernando, falta muita coisa para a Cultura do sofrido Maranhão acontecer, mas com certeza bons profissionais e boas intenções podem fazer o time da mudança. Parabéns mais uma vez pela matéria.
ResponderExcluirRodrigo Gama, UFMA
E esse ai entende? De Camarão o mar tá cheio, Regis
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