quinta-feira, 19 de março de 2015
Nos EUA, mulher xinga policiais e ganha 100 mil dólares
Lidar com policiais no Brasil não é algo que podemos chamar de fácil. Envolve todo um exercício sobre não irritar os “homens da lei” e acabar sendo preso por desacato, o crime guarda-chuva que as autoridades usam ao ficarem chateadas quando você insiste em tratá-las como iguais. Esse negócio de chamar por “você”, pedir justificativas para uma prisão, revidar um xingamento com outro, é algo que nós pobres mortais pagadores de impostos brasileiros já deveríamos ter entendido que são uma prerrogativa única dos que habitam o monte Olimpo estatal.
Isso é diferente em sociedades que o estado é encarado como um provedor de serviços e a liberdade de expressão é sagrada com uma constituição que proíbe até mesmo a criação de leis que a restrinjam.
Mas o caso não acabou por aí. Logo após ser inocentada, Barners entrou com uma ação federal contra o condado afirmando que seus direitos constitucionais, mais especificamente a Primeira Emenda, tinham sido feridos pela ação das autoridades locais. |
Por exemplo, Amy Barnes mora no condado de Cobb e ao andar de bicicleta em direção à uma loja viu alguns policiais inquerindo um indivíduo, munida do seu direito de se expressar livremente gritou para ambos fornicarem a si mesmos e ergueu o seu dedo do meio. A câmera corporal instalada no corpo dos oficiais registrou o momento em que seus frágeis egos se abalam e dão voz de prisão a pobre moça por “conduta desordeira”, jogando-a na cadeia local por vinte-e-quatro horas alegando que suas palavras eram uma espécie de incitação ao confronto. Por mais que você discorde da ideia de insultar pessoas nas ruas, isso definitivamente não deveria ser um crime, e foi algo que o juiz do seu processo concordou ao declará-la inocente e afirmar que “Suas palavras foram insultos, mas como uma questão já bem estabelecida do direito constitucional, elas não constituem uma incitação a violência”.
Mas o caso não acabou por aí. Logo após ser inocentada, Barners entrou com uma ação federal contra o condado afirmando que seus direitos constitucionais, mais especificamente a Primeira Emenda, tinham sido feridos pela ação das autoridades locais. No início de dezembro do ano passado o condado concordou em pagar 100 mil dólares para ela deixar o processo para lá e todo mundo virar amigo de novo. É uma pena que todo esse dinheiro tenha que vir dos pagadores de impostos de Cobb e não do bolso dos policiais e demais envolvidos.
Agora compare essa história com o caso do fotógrafo que trabalhava para o Grupo Folha, ficou cego de um olho ao ser atingido por uma bala de borracha disparada pela polícia e foi considerado culpado de sua própria agressão.
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