quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Assassinatos na região metropolitana de São Luis superam índices de 2013

Segundo Secretaria de Segurança, já são 824 casos registrados em 2014.
Alto índice de crimes aponta a banalização da violência, em São Luís.


Do G1 MA

O número de assassinatos na região metropolitana de São Luís, de janeiro até novembro, assusta e já supera o de todo o ano passado. Os índices chamam atenção para duas questões bastante atuais: a banalização da violência e a sensação de impunidade. De acordo com o Observatório da Violência, um grupo criado por representantes da Justiça, das policias, advogados e da sociedade civil, a violência no Maranhão aumentou cerca de 400%, entre 2000 e 2012.
No dia 9 novembro, o cirurgião, Luis Alfredo Guterres, diretor do Hospital Geral, foi assassinado, dentro de casa, na frente dos filhos, quando chegava do trabalho. Seis dias depois, ooficial do exército José Ramos Correia Júnior, de 23 anos, foi assassinado por um Policial Federal, depois de uma briga de trânsito. No último sábado (22), dois soldados da PM foram assassinados por bandidos que tentavam assaltar uma casa, onde os dois participavam de uma confraternização.
O secretário de Segurança Pública do Estado, Marcos Afonso:  “Nós observamos que o maior problema é a Legislação, que é muito pífia, fraca. Quem comete um latrocínio, um homicídio, daqui a pouco, por um motivo ou outro, e porque a Legislação permite, estará nas ruas”. 
“O que todos nós da família esperamos é que a pessoa possa sair de casa, hoje, com a certeza de que vai poder retornar. Mas nós não estamos vendo isso, nos estamos vendo o medo, a preocupação de que o cidadão de bem não tem mais segurança”, lamenta Emmanuel Soares, irmão do médico assassinado, Luiz Guterres.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, de janeiro até novembro, já foram registrados 824 assassinatos, na região metropolitana de São Luís. O levantamento aponta, ainda, que do dia 1º de novembro até esta quarta-feira (26), já foram registrados 112 assassinatos, o que torna o mês de novembro o mais violento deste ano.
Para autoridades de segurança e do direito, as causas de tanta violência vão além das questões de segurança pública. “Nós observamos que o maior problema é a Legislação, que é muito pífia, fraca. Quem comete um latrocínio, um homicídio, daqui a pouco, por um motivo ou outro, e porque a Legislação permite, estará nas ruas”, pontua o Secretário de Segurança Pública, Marcos Affonso.
“A gente pode elencar uma cultura de violência que está instalada e impregnada na sociedade, que passa por todos os meandros da sociedade seja no âmbito familiar, no âmbito da violência contra a mulher, contra os filhos com seu processo de ‘aprendizagem’, e isso transcende esses espaços privados para os espaços públicos”, explica o advogado Igor Almeida.

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