terça-feira, 8 de abril de 2014
Juíza obriga gestante a fazer cirurgia cesariana contra sua vontade
Do Adital
A Associação Artemis, organização que atua na promoção da autonomia feminina e prevenção e erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres,protocola nesta sexta-feira, 04 de abril, na Secretaria Geral da Presidência da República, uma denúncia de violência obstétrica e violação de direitos humanos. O caso se refere à decisão judicial proferida pela juíza Liniane Mog da Silva, titular da Vara Criminal de Torres, no Estado do Rio Grande do Sul., que obrigou uma gestante a se submeter a uma cirurgia cesariana contra sua vontade.
Segundo a Artemis, atuando em plantão no último dia 31 de março, a magistrada determinou o encaminhamento da gestante Adelir Carmen Lemos de Góes a um hospital local na cidade litorânea de Torres, para realização de uma cirurgia cesariana sob a justificativa de resguardar "os direitos do nascituro”, o que não era vontade da gestante.
Casada, mãe de outros dois filhos de sete e dois anos, nascidos de cirurgias cesarianas, Adelir planejava ter seu terceiro filho por meio de parto normal. Tendo realizado exames no hospital local Nossa Senhora dos Navegantes, na segunda-feira, 31, sempre acompanhada de sua doula (profissional de parto), verificou-se que a pressão arterial da mãe estava boa e os batimentos cardíacos do bebê também.
No entanto,
uma ecografia sugeria que o bebê estivesse "em pé” e a médica que
avaliou a ecografia recomendou sua internação para realização de
cirurgia cesariana imediata. Adelir suspeitou que o resultado da
ecografia não estivesse correto, tendo em vista os exames anteriores, e
resolveu realizar uma segunda ecografia em outra instituição. Ao deixar o
hospital assinou um termo de responsabilidade isentando o hospital
local.
A gestante retornou para casa, onde permaneceu a fim de aguardar o início do trabalho de parto de forma natural para, posteriormente, se encaminhar de novo ao hospital local e ter seu bebê de parto normal no ambiente hospitalar, como era sua vontade. Porém, à noite, já em franco trabalho de parto, ela foi surpreendida em sua casa por um oficial de justiça acompanhado de duas viaturas e policiais armados, munidos de um mandado judicial para encaminhamento de Adelir até o hospital local com o objetivo para realizar a cirurgia cesariana. Diante da confusão instaurada, a Artemis conta que houve agressão verbal por parte da polícia contra Adelir e seu marido, que quase foi algemado dentro de sua própria casa.
Além da Secretaria Geral da Presidência, a entidade também encaminhou denúncia aos seguintes órgãos: Secretarias de Políticas para Mulheres e de Direitos Humanos, ambas vinculadas à Presidência da República, Disque Denúncia de Direitos Humanos; Comissão de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde; ONU Mulheres; Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados; Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul, Promotoria De Justiça De Defesa dos Direitos Humanos De Porto Alegre; Comissão de Direitos Humanos da OAB/Rio Grande do Sul.
Em todas as denúncias encaminhadas, a Artemis solicita a intervenção do órgão para apuração das violações aos direitos humanos mencionados, a reparação cabível ao casal violado, bem como a realização de uma audiência pública para a discussão urgente sobre as implicações do fato em violência obstétrica, no tocante a violência cometida contra a mulher.
"A escolha da via de parto constitui um DIREITO HUMANO DA PARTURIENTE com a finalidade de preservar sua integridade pessoal, liberdade e consciência, protegido pela CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (Pacto de San Jose da Costa Rica), de 22/11/1969, ratificada pelo Brasil em 25/09/1992”, observa a Artemis.
Do Adital
A Associação Artemis, organização que atua na promoção da autonomia feminina e prevenção e erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres,protocola nesta sexta-feira, 04 de abril, na Secretaria Geral da Presidência da República, uma denúncia de violência obstétrica e violação de direitos humanos. O caso se refere à decisão judicial proferida pela juíza Liniane Mog da Silva, titular da Vara Criminal de Torres, no Estado do Rio Grande do Sul., que obrigou uma gestante a se submeter a uma cirurgia cesariana contra sua vontade.
Segundo a Artemis, atuando em plantão no último dia 31 de março, a magistrada determinou o encaminhamento da gestante Adelir Carmen Lemos de Góes a um hospital local na cidade litorânea de Torres, para realização de uma cirurgia cesariana sob a justificativa de resguardar "os direitos do nascituro”, o que não era vontade da gestante.
Casada, mãe de outros dois filhos de sete e dois anos, nascidos de cirurgias cesarianas, Adelir planejava ter seu terceiro filho por meio de parto normal. Tendo realizado exames no hospital local Nossa Senhora dos Navegantes, na segunda-feira, 31, sempre acompanhada de sua doula (profissional de parto), verificou-se que a pressão arterial da mãe estava boa e os batimentos cardíacos do bebê também.
A magistrada determinou o encaminhamento da gestante Adelir Carmen Lemos de Góes a um hospital local na cidade litorânea de Torres, para realização de uma cirurgia cesariana sob a justificativa de resguardar "os direitos do nascituro” |
A gestante retornou para casa, onde permaneceu a fim de aguardar o início do trabalho de parto de forma natural para, posteriormente, se encaminhar de novo ao hospital local e ter seu bebê de parto normal no ambiente hospitalar, como era sua vontade. Porém, à noite, já em franco trabalho de parto, ela foi surpreendida em sua casa por um oficial de justiça acompanhado de duas viaturas e policiais armados, munidos de um mandado judicial para encaminhamento de Adelir até o hospital local com o objetivo para realizar a cirurgia cesariana. Diante da confusão instaurada, a Artemis conta que houve agressão verbal por parte da polícia contra Adelir e seu marido, que quase foi algemado dentro de sua própria casa.
Além da Secretaria Geral da Presidência, a entidade também encaminhou denúncia aos seguintes órgãos: Secretarias de Políticas para Mulheres e de Direitos Humanos, ambas vinculadas à Presidência da República, Disque Denúncia de Direitos Humanos; Comissão de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde; ONU Mulheres; Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados; Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul, Promotoria De Justiça De Defesa dos Direitos Humanos De Porto Alegre; Comissão de Direitos Humanos da OAB/Rio Grande do Sul.
Em todas as denúncias encaminhadas, a Artemis solicita a intervenção do órgão para apuração das violações aos direitos humanos mencionados, a reparação cabível ao casal violado, bem como a realização de uma audiência pública para a discussão urgente sobre as implicações do fato em violência obstétrica, no tocante a violência cometida contra a mulher.
"A escolha da via de parto constitui um DIREITO HUMANO DA PARTURIENTE com a finalidade de preservar sua integridade pessoal, liberdade e consciência, protegido pela CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (Pacto de San Jose da Costa Rica), de 22/11/1969, ratificada pelo Brasil em 25/09/1992”, observa a Artemis.
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Postagens mais visitadas
-
Reeleito com mais de 90% dos votos em sua cidade, médico pode virar sensação no estado a 20 meses da eleição para Governador POR FERNANDO ...
-
A nudez despudorada POR FERNANDO ATALLAIA DIRETO DA REDA ÇÃ O Um grupo de mulheres vem tirando a roupa nas noites de São Luís ...
-
MISÉRIA E FALTA DE PERSPECTIVAS NA TERCEIRA MAIOR CIDADE DO MARANHÃO São José de Ribamar no Maranhão enfrenta nos dias atuais o maior aban...
-
Desaparecido desde o último domingo (24) após uma corrida de aplicativo, o corpo do moto uber Franklin César(imagem acima) foi encontrado ...
-
POESIA SEMPRE! Leia na íntegra o poema ‘Congenialidades’ da obra inédita Orvalhos Enfermos de autoria do poeta e jornalista maranhense ...
-
POESIA SEMPRE! Leia o poema ‘Se’ da obra inédita Horizontes Fustigados de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia ...
-
As últimas movimentações policiais e políticas no Maranhão dão conta de que há duas guerras a todo vapor no estado. De um lado, a permanênci...
-
Série 3 Perguntas Para: Francivaldo Mendes, pré-candidato a Prefeito de São José de Ribamar O empresário ribamarense Francivaldo Mendes...
-
E o deputado Pastor Gil, um dos mais importantes expoentes do seguimento evangélico do Maranhão, esteve em Vitorino Freire neste fim de sema...
-
A Prefeitura de São Luís, administrada por Eduardo Braide (PSD) vai pagar R$ 1,2 milhão para o cantor se apresentar na comemoração do aniver...
Pesquisar em ANB
Nº de visitas
Central de Atendimento
FAÇA PARTE DA EQUIPE DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
0 comentários:
Postar um comentário