░ ANB Online░: MARANHÃO PIRÃO! GUERRAS NO ESTADO: DAS RUAS AO PALÁCIO

As últimas movimentações policiais e políticas no Maranhão dão conta de que há duas guerras a todo vapor no estado. De um lado, a permanência insustentável do titular da SSP-MA, Mauricio Martins, à frente da pasta da Segurança; do outro, a polarização pelo comando do poder entre Carlos Junior, atual governador, e flavianos representados por Costa Camarão, o Felipe. A perda do PSB há uma semana é recado terra no pirão daqueles que pensavam ou sentiam-se confortáveis rumo à consolidação de vitória de Brandão em 2026. Orleans se assustou. O pai, em vídeo, reagiu. Agora, em contra-ataque, comitiva de Carlos foi parar no STF. Os palacianos querem Flávio adiniado das decisões que vem obstacularizando a ascensão do projeto político governista nas instituições. A dominação de espaços como TCE e ALEMA não podem, na visão deles, sofrer ingerências externas. Por fora, na paisagem decrépita, além da disputa por benesses, cargos com salários vultosos, vitaliciedade em secretarias, assassinatos de ponta a ponta nos 217 municípios dão o tom de outra disputa. A guerra por lá é escrachada, sem faroeste eleitoreiro, estilhaços que vem tirando a vida de dezenas de jovens e adolescentes nos últimos 30 dias sob pretexto da presença de também facções. Levantamentos divulgados recentemente, à guisa de ebulição imaginativa, tentando manter viva na sofrida coletividade desempregada e faminta, a pauta acerca de heróis pré-candidatos grosseiramente fabricados por interesses famigliares seguem, contudo, em vazão. O Inop cravou, esta semana, Dudu Braide com 33,89% das intenções de voto e Orleanszinho marcando 30,17%. Costa pontua 9,33%. Já parananeando, outro instituto posiciona Dudu com 33,7% dos votos se a eleição se desse hoje, seguido de 20,9% do sobrinho de Carlos Junior. Na esteira de resultados ululantes, no entanto, outras velhas novas preocupações atingem os atores políticos estaduais. Brandão, por exemplo, enxerga um Dino espaçoso quanto à participação da figura do ministro no pleito de 2026. Segundo a imprensa rasa, o colinense tenta impedir que o também imortal da AML mantenha sob sua égide processos e decisões que porventura interfiram no já tempestuoso andar da carruagem das eleições vindouras. Na noite desta quarta-feira (13) encapuzados incendiaram um ônibus da linha Porto Grande, na zona rural de São Luís, testificando de uma cena que pôs Leões, Prefeitura, Policias e demais setores do poder público na linha de frente da falta de políticas públicas reais de combate à criminalidade. Dando de ombros com o afunilamento da convulsão social que mantém-se em riste como consequência da concentração de poder e dinheiro nas mãos de poucos, a prioridade continua: vencer em 2026, e à todo custo. Durante encontro alimentado por holofotes de pseudo formadores de opinião, o chefe do Executivo definiu como resposta àqueles que o acusam de indiferente com as questões do Maranhão que “legendas é o que não faltam” para o meu grupo. Sua antiga comadre foi até iracemeada: “Partido, gente, é o que mais tem, estão oferecendo espaço para o nosso time aqui. Não falta partido. Eu já vivi isso, a Iracema já viveu isso”, disse Carlos Junior. A defenestração do grupo do governador do ninho socialista não causou espécie nos bastidores da politicalha nem tampouco nos porões da politiquice, mas acendeu o estopim de micro crises que robustecem uma falange de confusões maiores num cada um por si que concretamente ilustra os verdadeiros interesses envolvidos: exterminar adversários dos atuais corredores do Palácio. Assim como os extermínios continuam nas ruas dos municípios onde a prioridade é também manter a cadeia de comando.