quinta-feira, 14 de agosto de 2025
12:41
| Postado por
Equipe Baluarte
|
GOVERNO PRECISOU CRIAR UMA LINHA DE CRÉDITO DE R$
30 BILHÕES PARA AMPARAR EMPRESAS ATINGIDAS POR TARIFAÇO. VALOR AINDA PODE
AUMENTAR As tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros já
custam ao menos R$ 140 para cada um dos 212 milhões de habitantes do país. O
valor equivale ao montante inicial da linha emergencial de crédito criada pelo
governo para amparar empresas afetadas pela sobretaxa. A medida provisória,
batizada de Brasil Soberano, foi assinada nesta quarta-feira (13) pelo
presidente Lula. Esse custo tende a aumentar: em entrevista à Band News na
terça-feira (12), o presidente Lula afirmou que o valor poderá ser reajustado
ao longo das negociações com os Estados Unidos, caso se avalie que os R$ 30
bilhões não são suficientes. Por ser uma linha de crédito, o valor não é
necessariamente perdido: as empresas que aderirem ao programa terão
eventualmente que ressarcir os cofres públicos pelo valor emprestado. O pacote
tarifário anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, elevou em até 50%
os encargos sobre produtos brasileiros. A sobretaxa afeta diretamente 35,9% das
exportações do Brasil para os EUA, atingindo setores como carnes, café, frutas
e pescados. Quase 700 itens foram poupados, mas mais de um terço das vendas ao
mercado americano será comprometido. Além da linha de crédito, há outros tipos
de gastos que as tarifas impõem ao contribuinte brasileiro. Parte da estratégia
do governo para auxiliar os produtores internos envolve a busca por novos
mercados consumidores que possam substituir os Estados Unidos, operação que
envolve custos com viagens de autoridades, hospedagens e aparato de relações
públicas para negociar com governos e empresários de outros países. Enquanto
isso, empresas brasileiras precisarão adaptar seus processos produtivos à nova
realidade comercial, na qual não há garantias de que os Estados Unidos possam
afrouxar as barreiras no curto prazo ou voltar a ser um parceiro comercial
confiável a médio e longo prazo.
CemF
Edição de ANB Online
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
0 comentários:
Postar um comentário