Grupo de pessoas submetidas à violência trabalhista incluía famílias com bebês: eles dormiam em "casas" sem paredes
Alojamentos improvisados na mata, sem
acesso à água potável, banheiro ou alimentação adequada, além de jornadas de
trabalho desgastantes, sem qualquer proteção física ou contrato trabalhista.
Essas são algumas das irregularidades
constatadas durante a Operação 1.200, realizada entre os dias 22 de julho e 07
de agosto, que resgatou 80 trabalhadores em garimpos clandestinos no
município de Ourilândia do Norte, no sudeste paraense.
Além de combate ao trabalho escravo,
a ação da Polícia Federal (PF), integrada pelo Ministério Público do Trabalho
(MPT) e Ministério Público Federal (MPF), tinha como foco o combate a crimes
ambientais e extração ilegal de minérios no Estado.
Nos 15 alvos flagrados com trabalhadores, a maioria dos encontrados em situação análoga à escravidão eram do próprio município de Ourilândia e adjacências, e do Estado do Maranhão. Entre os 80 resgatados, sete eram mulheres.
Havia ainda três adolescentes, filhos
da cozinheira do local, e uma criança de 1 ano e 6 meses, filho de uma outra
trabalhadora. No mesmo dia do flagrante, o grupo foi encaminhado para
Ourilândia e Marabá, para que, os que manifestaram interesse, pudessem
retornar para as suas cidades de origem, a maioria do Maranhão.
Essas são algumas das irregularidades constatadas durante a Operação 1.200, realizada entre os dias 22 de julho e 07 de...
Segundo a subprocuradora-geral do
MPT, Edelamare Melo, que participou da operação, juntamente com o procurador do
trabalho Acir Hack, os trabalhadores, via de regra, não informaram os nomes dos
proprietários dos garimpos, se referindo a eles, em alguns casos, pelo apelido
que são conhecidos, o que dificulta a adoção de medidas judiciais contra os
infratores.
“Por se tratar de garimpos ilegais,
tivemos dificuldade de identificar os empregadores, mas as investigações
seguem junto à Delegacia da Polícia Federal de Redenção”, afirmou a
procuradora.
“O êxodo de trabalhadores do Maranhão para o Pará, em busca de dinheiro rápido e, na concepção deles, mais fácil, está ocorrendo por conta do desemprego em larga escala de lavradores que não encontram trabalho na sua atividade, em razão dos latifúndios de soja e milho que estão fazendo desaparecer as pequenas propriedades rurais”, explicou a procuradora Edelamare Melo.
VINÍCIUS SEGALLA
EDIÇÃO DE ANB
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