Retração de 8,1%
Para 2021, a instituição revisou ligeiramente para pior as previsões feitas há quatro meses
O Fundo Monetário Internacional
(FMI) melhorou suas perspectivas para a América Latina e o Caribe, passando a
prever uma retração de 8,1% no Produto Interno Bruto (PIB) da região neste ano,
devido ao impacto do coronavírus.
Apesar da projeção negativa, ela
representa um ganho de 1,3 ponto percentual em relação às estimativas feitas em
junho pela instituição.
Por outro lado, em seu relatório
Perspectivas Econômicas Globais, divulgado nesta terça-feira, o FMI ressaltou
que a América Latina e o Caribe serão a região mais atingida no mundo pelos
efeitos econômicos da pandemia, já que muitos países serão "severamente
afetados por enfrentarem recessões profundas".
Para 2021, a instituição revisou
ligeiramente para pior as previsões feitas há quatro meses, passando a estimar
um crescimento de 3,6% - antes, calculava uma elevação de 3,7%.
As duas maiores economias da
região, Brasil e México, sofrerão retração de 5,8% e 9% neste ano, e em 2021
voltarão a crescer 2,8% e 3,5%, respectivamente, de acordo com os cálculos do
FMI.
Em relação à Argentina, com a
qual o FMI está negociando um novo programa de apoio financeiro, a instituição
projeta um declínio de 11,8% na atividade econômica para este ano e uma
recuperação em 2021, com crescimento de 4,9%.
A Argentina quer renegociar o
empréstimo de US$ 44 bilhões concedido pelo FMI em 2018 após a crise financeira
causada pela desvalorização do peso, que levou o país à recessão antes mesmo da
crise do coronavírus.
Em agosto, o governo argentino pediu
ao FMI que começasse a negociar um novo programa que incluiria um
reescalonamento do pagamento da dívida adquirida com a instituição, uma
negociação que começará em meados de novembro, após os contatos iniciais entre
as partes na semana passada.
Entre aqueles que sofrerão menos
economicamente com os efeitos da pandemia na América Latina estão Paraguai e
Uruguai, com retrações projetadas para este ano de 4% e 4,5%, respectivamente.
Por outro lado, Venezuela e Peru serão os mais afetados, com quedas de 25% e
13,9%.
Efe
Edição de ANB
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