domingo, 22 de dezembro de 2019
"O time do Flamengo todo me bolinou, e eu adorei", diz Enoli Lara

Já faz algum tempo, tipo 31 anos, e no entanto a modelo, atriz, cantora, escultora, escritora, palestrante, símbolo sexual e geminiana Enoli Lara, 70 anos, não esquece aquele Carnaval. Convidada pela diretoria do Flamengo para sair na ala que homenageava o time na escola carioca União da Ilha, cujo enredo era Aquarylha do Brasil (1988), Enoli foi informada de que não havia verba para uma fantasia que contemplasse mais que um cocar e uma camisa do time. Ela achou meio "pobre", e então o carnavalesco Max Lopes concordou em trocar a camisa por uma pintura feita diretamente no corpo dela com as cores do time. "Um amigo artista plástico me pintou lá mesmo, embaixo do balança-mas-não cai (prédio emblemático, de quase 200 apartamentos, nas vizinhança da Sapucaí), cercada por um cordão de policiais, para me proteger do assédio''. 
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Já faz algum tempo, tipo 31 anos, e no entanto a modelo não esquece aquele Carnaval. 

Sexo, poder e dinheiro 

O time do Flamengo, na época, tinha Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Flávio; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Tudo começou a acontecer quando a elegeram "rainha do clube". "Fui a única", afirma Enoli, com muito orgulho. "A Cláudia Raia foi também, mas só do baile (vermelho e preto). Eu fui do time, do baile e também madrinha do futebol na areia. O juiz era o Margarida, ele pedia a camisa dos jogadores dizendo que ia agilizar um encontro erótico deles comigo''. 
Lara, como a chamam os amigos, é extremamente grata ao clube. Não só pelos orgasmos que vários craques proporcionaram a ela — além de Ranato Gaúcho, a modelo teve um caso (não tão expressivo) com Gauchinho, e chegou a entrar no vestiário do time na Gávea para fazer sexo com vários deles ("foi quase uma Gang Bang") —, mas também poder ("fui amante de um diretor, que é casado até hoje") fama e dinheiro ("fiz os troféus que o time levou para os amistosos de 1988, nos EUA e México"). 
Com Renato Gaúcho, no Carnaval de 1988, quando pintou o corpo com as cores do Flamengo - Arquivo Pessoal/UOL
Com Renato Gaúcho, no Carnaval de 1988, quando pintou o corpo com as cores do Flamengo.

Candidata à prostituta
Para ela, sexo, poder e dinheiro estão intimamente ligados. "Eu sou que nem a Gabriela (personagem do romance de Jorge Amado), teúda e manteúda. Mulher bíblica. Gosto de ser presenteada com jóias, carros, apartamentos...". Apesar de achar justo receber uma remuneração informal pelo prazer que oferece, Enoli Lara afirma que nunca foi prostituta. Diz que respeita muito a profissão, mas não é a sua "área": a única vez em que se sentiu próxima disso foi quando se candidatou a vereadora pelo PFL carioca, também em 1988. "O ambiente da política, querido, aquilo sim é prostituição", diz ela. Em um raro momento sombrio, Lara conta que perdeu uma fortuna na campanha. 

Missão de vida

Nascida em Porto Alegre e criada em Curitiba, Enoli Lara tem a convicção de que cada ser humano vem ao mundo com uma missão. Ela seria "predestinada a servir a humanidade por meio do sexo". "É kármico. Sinto que vim a ajudar pessoas que têm problemas nessa área, dificuldades de se soltar, fantasias irrealizadas." Lara está prestes a lançar um canal no YouTube para exibir vídeos eróticos em que aparece fazendo sexo com amigos. Já gravou episódios com três parceiros, sem contar o próprio viedomaker, que é casado, então não pode mostrar o rosto. Para ela, que se define como "extremamente exibicionista", isso não é um problema. Pelo que Lara explica, os vídeos são tutoriais. "Desde os anos 90, eu tinha ideia de produzir algo assim, demonstrativo, para orientar as pessoas que não têm jeito para a coisa''. 

Afrodite sem calcinha 

No Carnaval de 1989, ano seguinte ao da "almôndega" com os jogadores, o enredo da União da Ilha foi "Festa Profana". Promovida ao topo de um carro alegórico, a 30 metros do chão, Enoli Lara saiu de afrodite. Vestindo basicamente uma calcinha, ela se livrou da peça em pleno desfile: "Gente, deusa do sexo não usa calcinha'', alegou. 
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70 ANOS Nascida em Porto Alegre e criada em Curitiba, Enoli Lara tem a convicção de que cada ser humano vem ao mundo com uma missão: ''Sou predestinada a servir a humanidade com sexo''. 
Ela conta que naquele dia havia passado a tarde na cama com o volante Paulo Roberto Falcão, seu namorado à época. Lara desmente os boatos a respeito da orientação sexual do gaúcho, de quem ouvia-se falar que era um gay no armário. "Foi um parceiro espetacular. Melhor oral que eu já tive. Era um príncipe, mandava flores, e ao mesmo tempo um devasso", diz ela. "Por isso, eu o chamei de Calígula. Disse aos censores de ocasião que eu havia trazido dentro de mim, para a avenida, o gozo do imperador de Roma, e que não fazia sentido manter a calcinha." (Ela dá uma gargalhada e diz: "Me saí com essa!"). 

AS INFORMAÇÕES SÃO DO REPÓRTER PAULO SAMPAIO
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