domingo, 25 de agosto de 2019

Agora, a onda de queimadas e as declarações -sem provas- do presidente de que ONGs poderiam estar envolvidas nos incêndios que se alastram 
SÃO PAULO- Desde que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) contestou dados do desmatamento divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o problema tem sido destacado pela mídia estrangeira, acarretando reações como o corte de repasses da Alemanha e da Noruega ao Fundo Amazônia.

Agora, a onda de queimadas e as declarações -sem provas- do presidente de que ONGs poderiam estar envolvidas nos incêndios que se alastram pelo país ganharam repercussão em todo o mundo. O saldo é que a Amazônia virou notícia nos principais portais estrangeiros.

Em sua maioria, ao analisar o cenário, os jornais associam o aumento do desmatamento na floresta à gestão de Jair Bolsonaro, aos interesses do agronegócio e à falta de investimentos do atual governo em políticas ambientais. "Os ministros deixam claro que suas simpatias estão com os madeireiros, e não com os grupos indígenas que vivem na floresta", diz o britânico The Guardian.
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Para o também britânico Financial Times, Jair Bolsonaro facilitou o "boom do desmatamento".
Para o também britânico Financial Times, Jair Bolsonaro facilitou o "boom do desmatamento", enquanto o espanhol El País diz que o Brasil "arde em um ritmo recorde". Confira a repercussão nos principais veículos.

THE GUARDIAN

O jornal britânico noticiou, nesta quarta (21), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) acusou ONGs de terem envolvimento com a onda de incêndios na Amazônia, mesmo sem apresentar dados. No texto, o jornal afirma que Bolsonaro tenta evitar críticas internacionais sobre sua "incapacidade de proteger a maior floresta tropical" do mundo.

The Guardian também ressalta que, desde que Bolsonaro assumiu o governo, menos multas estão sendo aplicadas, e que seus ministros "deixam claro que suas simpatias estão com os madeireiros, e não com os grupos indígenas que vivem na floresta". Nesta quinta (22), as vaias que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recebeu em evento sobre o clima em Salvador foram destaque na homepage do portal.

THE ECONOMIST

A capa da primeira semana de agosto da revista britânica já apresentava a imagem de um toco de árvore com o formato do mapa do Brasil sob o título "Vigília da morte para a Amazônia". A publicação afirma que a região "está perigosamente perto do ponto de inflexão", do qual não haveria como retornar. 

"O Brasil tem o poder de salvar a maior floresta tropical da Terra, ou destruí-la", escreve a revista em editorial, apontando o presidente brasileiro como responsável pelo problema.

THE WASHINGTON POST

O americano ressaltou que a floresta Amazônica é essencial para o equilíbrio climático e para a biodiversidade do planeta e que, sem ela, a mudança climática ocorrerá a níveis acelerados. 
O jornal também falou do episódio ocorrido em São Paulo nesta segunda (19), quando uma frente fria e a fumaça vinda das queimadas escureceu o céu da capital no início da tarde. Após citar São Paulo como "capital do Brasil", publicou o erramos corrigindo para "maior cidade". 

THE NEW YORK TIMES

O jornal americano ressalta que o desmatamento da Amazônia aumentou rapidamente desde que Bolsonaro tomou posse e cortou subsídios para combater as atividades ilegais na floresta. A reportagem afirma que "o presidente de extrema-direita acusou ONGs de colocar fogo na floresta depois que o governo cortou financiamentos, apesar de não apresentar nenhuma evidência". 
Na publicação, fazendeiros que estão "limpando suas terras" são responsabilizados pelos incêndios que se alastraram pelo Norte do país. A matéria também ressalta que o fogo aumentou tanto que a fumaça alcançou o litoral atlântico e São Paulo.

FINANCIAL TIMES

O jornal econômico  publicou um artigo de opinião assinado pelo professor da Universidade de Oslo, Bard Harstad, sobre como a pressão comercial de outras nações pode ajudar a salvar a Amazônia brasileira.

O artigo ressalta que Jair Bolsonaro "facilitou o boom do desmatamento". "O diretor responsável por relatar dados de satélites foi demitido; um insider do agronegócio foi indicado para lidar com assuntos indígenas; a supervisão das terras indígenas foi transferida para o departamento agrícola; e o corte do orçamento está em execução. Como consequência, o desmatamento em julho foi o triplo de um ano atrás", diz o artigo.


FdS
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