quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Concessões que governo vem fazendo a capital estrangeiro não
solucionam problema, afirmam analistas
O processo de desindustrialização, o desaquecimento da economia e o aumento do desemprego no Brasil nos últimos dois anos, com o país sob a gestão de Michel Temer, têm relação direta com o desmonte da Petrobras. No estado do Rio de Janeiro, que é fortemente dependente da exploração de óleo e gás, sobretudo na região da Bacia de Campos, no Norte Fluminense, a situação tende a ser ainda mais grave.
As recentes concessões que o
governo vem fazendo ao capital estrangeiro não dão sinais de que serão a
solução para o país. Muito pelo contrário, diversos analistas afirmam que a
chamada MP do Trilhão, que libera empresas estrangeiras do setor de pagarem
impostos aos cofres públicos, e a recém-aprovada medida que atinge a soberania
nacional, ao tirar da Petrobras o monopólio de exploração do pré-sal, vão
piorar as condições da população.
De um arquipélago de cidades de litoral, o Brasil passou por
uma integração econômica e social a partir da construção de Brasília. De
dependente de aço, de energia elétrica que não tínhamos e de petróleo, o país
ganhou uma indústria siderúrgica robusta, o maior parque hidrelétrico do mundo
e a Petrobras, uma das maiores petroleiras do planeta e que é responsável por
uma cadeia produtiva de mais de 5 mil empresas nacionais e estrangeiras que
geram 800 mil empregos.
Reverter o cenário de depressão econômica que gera desemprego e miséria depende da soberania das estatais, com ênfase na Petrobras, afirma o presidente do Clube de Engenharia. “A Petrobras está sendo desfolhada. Não a privatizam, vendem por partes, fatiam e dentro de pouco tempo ela será uma pequena produtora e exportadora de petróleo bruto e nós voltaremos à condição de antes de 1950. Isso é que precisa parar”, defende.
O processo de desindustrialização, o desaquecimento da economia e o aumento do desemprego no Brasil nos últimos dois anos, com o país sob a gestão de Michel Temer, têm relação direta com o desmonte da Petrobras. No estado do Rio de Janeiro, que é fortemente dependente da exploração de óleo e gás, sobretudo na região da Bacia de Campos, no Norte Fluminense, a situação tende a ser ainda mais grave.
Para o presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino,
além de não gerar empregos na ordem de grandeza da Petrobras, a entrada de
empresas estrangeiras no setor também concretiza os objetivos do governo Temer
de entregar as riquezas naturais do país “a preço de banana”. Segundo
Celestino, esse movimento poderá levar o Brasil a um barril de pólvora:
O processo de desindustrialização, o desaquecimento da economia e o aumento do desemprego no Brasil nos últimos dois anos, com o país sob a gestão de Michel Temer, têm relação direta com o desmonte da... |
“Temos um exemplo no outro lado do Atlântico, que é a
Nigéria. A Nigéria é um país de grande produção e exportação de petróleo bruto,
mas não tem uma empresa de petróleo com as características da Petrobras.
Resultado: a Nigéria é um barril de pólvora, e o Brasil caminha para uma
explosão social se não tiver um projeto de desenvolvimento que dê ao seu povo a
expectativa de dias melhores”, alerta.
A atual situação da Nigéria é bastante semelhante ao que foi
o Brasil até os anos 1930 e o marco dessa mudança situa-se nos governos de
Getúlio Vargas e a partir de 1950. Até então, o país era mero exportador de
matérias-primas, como açúcar, ouro, café, cacau, borracha e pau-brasil. Até
esse período, o Brasil importava itens básicos, como telhas e vasos sanitários,
tal era a insignificância da indústria de bens básicos.
Reverter o cenário de depressão econômica que gera desemprego e miséria depende da soberania das estatais, com ênfase na Petrobras, afirma o presidente do Clube de Engenharia. “A Petrobras está sendo desfolhada. Não a privatizam, vendem por partes, fatiam e dentro de pouco tempo ela será uma pequena produtora e exportadora de petróleo bruto e nós voltaremos à condição de antes de 1950. Isso é que precisa parar”, defende.
As informações são do repórter Eduardo Miranda
Edição de Fernando Atallaia e Mariana Pitasse
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