segunda-feira, 16 de abril de 2018
Um porta-voz russo diz que poderão ir a Duma na quarta-feira, cinco dias depois de
sua chegada a Damasco
Dois dias depois de ter chegado a Damasco, a equipe de inspetores enviada pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) continua sem poder ter acesso a Duma, localidade situada cerca de dez quilômetros a leste da capital síria, onde no dia 7 surgiu a denúncia de um ataque letal com gás tóxico. O regime sírio e seus aliados militares russos, que controlam o último reduto abandonado pela oposição na localidade rebelde de Guta Oriental, alegaram razões de segurança para impedir a passagem dos investigadores internacionais. Na noite de sexta-feira, aviões dos Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearam centros de pesquisa de armamento sírios em resposta ao ataque em Duma. O porta-voz do Ministério da Defesa russo afirmou nesta segunda-feira que a OPAQ poderá entrar na cidade da periferia de Damasco na quarta-feira, informa a Reuters.
As autoridades russas e sírias vinham pedindo até agora que os inspetores de armas químicas
iniciassem com urgência uma missão de coleta de provas em Duma, e nas últimas
horas haviam dado como certo em suas comunicações oficiais que a investigação iria
ser posta em andamento com caráter imediato. Nos contatos que mantiveram no domingo
com a equipe da OPAQ se limitaram a oferecer a presença em
Damasco de 22 supostas testemunhas do ataque químico de Duma para que fossem interrogadas.
Equipes das áreas de emergência e da saúde relacionadas com a oposição ao
presidente Bashar al-Assad denunciaram no dia 7 que um ataque químico
lançado
pelo regime havia causado dezenas de mortes – pelo menos 40, segundo seus
primeiros informes – e deixado centenas de intoxicados pela inalação de gás
cloro e gás sarin (agente nervoso).
Os Estados Unidos, que encabeçaram na sexta-feira o ataque punitivo desencadeado
em conjunto com a França e o Reino Unido contra instalações
estatais sírias supostamente vinculadas ao programa de armas químicas,
acusaram a Rússia e a Síria de estarem bloqueando a missão
internacional. O embaixador norte-americano na OPAQ, Kenneth Ward, expressou
suspeitas de que Damasco e Moscou estavam tentando manipular as provas disponíveis.
A Rússia, por intermédio de seu vice-ministro de Relações
Exteriores, Sergei Riabkov, declarou que fora a ONU, da qual depende a missão da
OPAQ, que não havia dado a permissão aos inspetores para que viajassem a Duma. No
entanto, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral
da ONU, António Guterres, informou que a organização que
supervisiona a proibição do uso de armas químicas contava com as permissões
necessárias
para agir.
A equipe de investigadores da OPAQ é integrada por nove especialistas prontos para
iniciar seu trabalho. “Os membros das delegações síria e russa que participaram dos preparativos da
missão, em
Damasco, dizem que há questões de segurança ainda por resolver antes de sua partida”, declarou em um comunicado oficial Ahmet Uzumcu,
diretor da organização, reunida m caráter de urgência em sua sede oficial, em Haia.
Uzumcu instou todos os Estados membros a “compartilharem informações
sobre o incidente [químico]”. Sergei Lavrov, ministro russo de Relações Exteriores, negou qualquer interferência de
seu país nas
investigações. “Posso
garantir que a Rússia não alterou as provas que possa haver no lugar do
suposto incidente”,
declarou à BBC. O representante britânico
na OPAQ, Peter Wilson, acusou também Damasco e Moscou de dificultarem o trabalho dos
inspetores. O britânico também qualificou como “ridícula” a
sugestão
russa de que o “Reino
Unido tinha contribuído para encenar um ataque químico
falso” em Duma.
O diretor da OPAQ ressalta em se comunicado que conta “com todo o apoio
do secretário-geral das Nações Unidas”, António Guterres. Também anunciou ter pedido à Organização Mundial da Saúde (OMS) que “compartilhe as informações que
tenha recolhido graças a seus colaboradores no terreno”. De acordo com a
OMS, dos cerca de 70 mortos no ataque em Duma em 7 de abril, 43 apresentavam
quadros relacionados com substâncias tóxicas.
Foi justamente o trabalho da OPAQ em 2013, depois de vários
ataques com armas químicas nos arredores de Damasco, que levou o regime
de Assad a se comprometer a eliminar seu arsenal declarado, algo que realizou
sob supervisão da ONU.
Dois dias depois de ter chegado a Damasco, a equipe de inspetores enviada pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) continua sem poder ter acesso a Duma, localidade situada cerca de dez quilômetros a leste da capital síria, onde no dia 7 surgiu a denúncia de um ataque letal com gás tóxico. O regime sírio e seus aliados militares russos, que controlam o último reduto abandonado pela oposição na localidade rebelde de Guta Oriental, alegaram razões de segurança para impedir a passagem dos investigadores internacionais. Na noite de sexta-feira, aviões dos Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearam centros de pesquisa de armamento sírios em resposta ao ataque em Duma. O porta-voz do Ministério da Defesa russo afirmou nesta segunda-feira que a OPAQ poderá entrar na cidade da periferia de Damasco na quarta-feira, informa a Reuters.
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Foi justamente o trabalho da OPAQ em 2013, depois de vários ataques com armas químicas nos arredores de Damasco, que levou o regime de Assad a se comprometer a... |
AS INFORMAÇÕES SÃO DOS REPÓRTERES ISABEL FERRER
E JUAN CARLOS SANZ
EDIÇÃO DE FERNANDO ATALLAIA
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