domingo, 11 de fevereiro de 2018
Entrevista de diretor-geral da PF sobre investigação
contra Temer repercutiu
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota neste sábado (10) para manifestar "discordância e preocupação" após a repercussão da entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, na qual teria dito que o inquérito contra o presidente Michel Temer deverá ser arquivado. Na nota, a Fenapef frisa ainda que os "policiais federais esperam uma retratação pública desse posicionamento."
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Luís Roberto Barroso, intimou Segovia após a mesma entrevista, que foi dada à
agência Reuters. Barroso, que é relator do inquérito sobre o caso no Supremo,
quer que Segovia explique por que afirmou que a tendência na PF é
recomendar o arquivamento da investigação. Temer é suspeito de beneficiar a
empresa Rodrimar em um decreto que renovou concessões no Porto de Santos. Em
nota, Segovia negou que tenha dito que o inquérito será arquivado.
Para Barroso, a conduta de Segovia na
entrevista “é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração
administrativa e até mesmo penal”. Ainda segundo o ministro, na entrevista
o diretor da PF ameaçou o delegado responsável pelo caso, “que deve ter
autonomia para desenvolver o seu trabalho com isenção e livre de pressões”.
Na intimação, Barroso afirma ainda que a
investigação está em andamento, “razão pela qual não devem ser objeto de
comentários públicos” e que, como relator do caso, ainda não recebeu relatório
final” do delegado Cleyber Malta Lopes nem parecer da Procuradoria-Geral da
República (PGR), que conduz a investigação. Barroso frisou ainda
que Segóvia deverá se abster de novas manifestações sobre o caso.
Entrevista
Em entrevista concedida sexta-feira (9) à
Agência Reuters e divulgada no portal da empresa, Segovia afirma que os
“indícios são muito frágeis” e sugere que o inquérito "pode até concluir
que não houve crime”. Na entrevista, o diretor-geral da PF diz que o
decreto editado “em tese não ajudou a empresa”. “Em tese, se houve corrupção ou
ato de corrupção, não se tem notícia do benefício. O benefício não existiu”,
afirmou o diretor, conforme reprodução da Agência Reuters.
“No final, a gente pode até concluir que não
houve crime. Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimentos, as
pessoas têm reiteradamente confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção,
não há indícios de, realmente, de qualquer tipo de recurso ou dinheiro
envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que
haja um crime”, disse, ainda segundo a Reuters.
Temer é investigado por corrupção ativa,
passiva e lavagem de dinheiro por ter, supostamente, recebido vantagens
indevidas de uma empresa para editar o chamado Decreto dos Portos. Além dele,
são investigados o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que foi assessor
especial de Temer, e mais dois empresários.
Veja a nota da Fenapef:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Federação Nacional dos Policiais Federais
(Fenapef) vem a público expressar sua discordância e preocupação com as
declarações atribuídas ao Diretor-Geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia,
em entrevista concedida à Agência Reuters de Notícia, sobre as investigações
envolvendo o atual Presidente da República.
Ao adentrar às questões internas de uma
investigação criminal, conduzida por uma equipe multidisciplinar de
investigação, composta por agentes federais, delegados, escrivães,
papiloscopistas e peritos, o dirigente tanto extrapolou em suas funções, que
são precipuamente administrativas, quanto avançou no sentido de garantir o
entendimento futuro do Ministério Público Federal, a quem cabe legalmente o
pedido de arquivamento de investigações criminais, e do Poder Judiciário, a
quem cabe a decisão final pelo arquivamento ou não.
Os policiais federais esperam uma retratação
pública desse posicionamento, além de uma mensagem dirigida ao público interno,
com um firme posicionamento atrelado a um rol de condutas isentas do dirigente
maior da PF, que garantam o bom funcionamento dos nossos trabalhos, sem
qualquer risco de que estaríamos vivenciando uma era de ingerências políticas
em nossas investigações.
O fato de desfrutar de alta credibilidade
junto à sociedade brasileira obriga todos os policiais federais brasileiros a
se manterem firmes na missão de ajudar a construir um País melhor, mais justo e
livre da corrupção, sem partidarismos ou enlaces políticos que venham manchar a
nossa conduta e a nossa reputação.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota neste sábado (10) para manifestar "discordância e preocupação" após a repercussão da entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, na qual teria dito que o inquérito contra o presidente Michel Temer deverá ser arquivado. Na nota, a Fenapef frisa ainda que os "policiais federais esperam uma retratação pública desse posicionamento."
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A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota neste sábado (10) para manifestar "discordância e preocupação" após a repercussão da entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, na qual teria dito que o inquérito contra o presidente Michel Temer deverá ser arquivado. |
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ENTROU DE GARFO, MAS ERA SOPA Entrevista de Segovia a Reuters sobre investigação contra Temer repercutiu. |
10 de fevereiro de 2018
Diretoria da Fenapef
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