sábado, 6 de maio de 2017
Brasil tem 13 locais considerados Patrimônio
Cultural da Humanidade
Entre eles, São Luís a capital maranhense.
O centro histórico de São Luís tem cerca de quatro mil imóveis dos séculos XVIII e XIX.
O centro histórico de São Luís tem cerca de quatro mil imóveis dos séculos XVIII e XIX.
A capital foi inscrita como Patrimônio
Mundial em 1997.
POR FERNANDO ATALLAIA
POR FERNANDO ATALLAIA
DIRETO DA
REDAÇÃO
A grandiosidade e importância do Centro
Histórico de São Luís no âmbito nacional e internacional está muito aquém do
tratamento dispensado pelo Instituto Histórico e Artístico do Maranhão-Iphan
sob a gestão de Maurício Itapary, e Prefeitura
de São Luís, sob o comando do pedetista Edivaldo Holanda Jr, principalmente quando
o assunto é o reconhecimento do Patrimônio Cultural da Humanidade. | Há 2 anos, Edivaldo Holanda Júnior anunciava 1ª subprefeitura de São Luís para o Centro Histórico: o abandono era institucionalizado. |
O curioso
é que mesmo enfrentando um abandono sem precedentes no atual momento da
história da capital maranhense-já, inclusive, institucionalizado-, há dois anos
o prefeito anunciou a criação de uma subprefeitura para o local. Quem conhece o
Centro, que compreende uma área de 220 hectares de extensão no coração da
cidade histórica, sabe que a tal subprefeitura não dispõe de um organograma com
ações concretas ou mesmo um plano de
atuação especifico para gerir a área. Os resultados, no entanto, são palpáveis
e começam chamar atenção da opinião pública no Maranhão e País afora.
| Casarão prestes a cair no Centro Histórico de São Luís: retrato de um Iphan irresponsável. |
Casarões
abandonados, pouca e precária iluminação, paralisação e atraso de obras, ações
criminosas registradas com frequência, ausência de programas culturais que
valorizem o Patrimônio Cultural Imaterial e ainda o vigente alheamento dos
órgãos quanto à decrepitude do Centro Histórico em toda sua dimensão, o Iphan e
a Prefeitura parecem andar de mãos juntas. Essa paisagem notada, diariamente, por
transeuntes, turistas e demais visitantes do Centro denuncia total falta de
compromisso com um patrimônio que não é só brasileiro, mas mundial.
Observadores
internacionais, segundo apurou ANB, andam preocupados com a situação do Centro
Histórico de São Luís. Há alguns dias em visita a capital maranhense, um
especialista de arte moderna afirmou nunca ter visto antes tanta disposição
para o desprezo proveniente de instituições que deveriam por legitimidade atuar
contra o abandono dos centros históricos reconhecidos pela Unesco e não o
contrário.
| INDICAÇÕES GROSSEIRAS A superintendente do Iphan nacional, Kátia Bogea em visita à Câmara de Vereadores da capital; atuação protocolar que segue sem resultados na gestão de Maurício Itapary(primeiro à esquerda). |
Constatações
como estas, embasadas pela aparente e visível falta de políticas públicas e ações
de combate a deteriorarão e perda de identidade do Centro, aos olhos da grande
maioria dos maranhenses soa como normal. O Iphan maranhense não promove campanhas
de valorização e preservação do conjunto arquitetônico que segue esfacelado em
sua quase totalidade. Já a Prefeitura, seguindo a mesma lógica, confere inércia
e dá de ombros com o problema que se arrasta há quase uma década e meia.
Cidade
dos Azulejos- O título é uma referencia direta às centenas de azulejos que vem
sendo trocadas nos últimos seis anos por arranjos grosseiros em reformas
igualmente rudes realizadas pela
Prefeitura de São Luís. No Projeto Reviver é possível constatar in loco trechos no estacionamento onde o prédio da Câmara
de Vereadores de São Luís fica localizado. Nenhum dos vereadores daquela Casa
até hoje se mostrou incomodado.
![]() |
| 'TIRANDO ONDA COM A CARA' DA UNESCO Entre os 17 Centros do País, o mais abandonado do Brasil. |
Assim
vem se perpetuando a gestão do Centro Histórico de São Luís. Entre os 17 Centros, se
destacando como o único no Brasil a representar o avesso do que é em sua própria
natureza. Somando-se à Cidade dos Azulejos, São Luís é também a Capital
Brasileira do Reggae, além de Atenas Brasileira na configuração nacional. A Unesco
tem conhecimento dessa realidade, mas ainda desconhece que o Iphan e a Prefeitura tem conseguido
alcançar o objetivo comum: destruir e lançar ao esquecimento o Patrimônio.
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CANALHA!
ResponderExcluirHUDSON
Podemos sim atribuir ao IPHAN e a prefeitura de São Luis toda e qualquer responsabilidade acerca da situação de destruição do patrimônio tombado existente nesta cidade. Isso é inaceitável, ou para ser mais clara, é crime contra um patrimônio mundial e deveriam ser punidos os que estão à frente dos órgãos responsáveis pela conservação dos bens tombados. O superintendente do IPHAN assume que não consegue sequer falar com qualquer pessoa sobre o Centro Histórico, e somente por isso, jamais e em hipótese alguma deveria estar à frente dessa Instituição, infelizmente o IPHAN também adotou a lógica onde pessoas ocupam cargos apenas por conveniência(POLÍTICA), e não por COMPETÊNCIA.
ResponderExcluirMuito triste, que coisa humhum.. Joana
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