quarta-feira, 5 de outubro de 2016
A Ode Triste para Amores Inacabados de Fernando Atallaia
O mês de abril é o mês das flores e da chegada das criaturas criativas,
sem nenhum menosprezo às demais estações do calendário cultural do universo. Em
abril chegaram a esta breve estação terrena figuras insuspeitas como Zeca Baleiro,
Cesar Teixeira, e este poeta que se destaca nessa construção da vida e da arte feito
forma de apresentação desta obra-prima recém-saída do laboratório da existência
musical, intitulada Ode Triste para Amores Inacabados. Abril também nos trouxe
o autor de Ode Triste, Fernando Atallaia. Precisamente no dia 20, da cidade de São
José de Ribamar para o mundo, para a música e para o compartilhamento de uns
bons bocados de arte, literatura, jornalismo, canções e outros vícios do oficio
de viver atallaiano.
O Atalaia vem das arábias, dos pontos altos de onde se vigia, de onde se
observam os seres e as coisas; as dores e as alegrias de um mundo em ebulição. O
Fernando tá mais próximo, mais rente ao chão, nas antenas da raça e da roça,
mistura impar do rural, urbano e suburbano, de onde brotam as palavras de suas canções,
como cacos que cortam o corpo e chicoteiam a alma.
‘’Porre demasiado/enxugar minha boca na tua língua’’.
‘’Meu amor tranque a porta/vá com Deus, obrigado’’.
Da faixa Bandeira 2’, já bastante (re)conhecida da galera, extraímos os
versos acima, como exemplo bastante representativo do que a obra musical Ode
Triste para Amores Inacabados disponibilizará para os ouvidos ávidos e atentos
da criativa produção que, a exemplo do que profetizava o poeta Buarque, permanece
habitando as bocas e as canções de muita gente delirante e inquieta pelo país
afora.
Treze canções selecionadas para uma apresentação coletiva; para uma
plateia plural e sem endereço ou ocupação fixos. De proposito, para justificar
a prisão preventiva ou provisória dos corações e ouvidos desatentos, já tão ressabiados
desta estranha alquimia que prossegue, no dia a dia, das emissoras de Rádio e
TV que transformam merda em música.
Ode triste para Amores Inacabados chega no tempo certo para o reencantamento
dos espaços culturais dos espíritos, sejam santos ou profanos, humanos ou de
outras dimensões; um prato servido quente, para ser degustado sem pressa, sem
maus pressentimentos, mas recheado de uma boa e generosa dose de fraternidade e
convivência solidaria.
Pela cultura da paz e pelo reencantamento do mundo... música, maestro!
Joãozinho Ribeiro é Ex-secretário de Cultura do Estado do Maranhão e um
dos mais respeitados compositores maranhenses da década de 80.
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Fernando Atallaia é um dos grandes nomes atualmente da nossa cultura. Toda música que nasce de uma boa poesia tem qualidade. E ele consegue transmitir o que sente e o que entende do nosso cotidiano.
ResponderExcluirFernando Atallaia, poeta de mão cheia, grande amigo e um irmao sempre disposto a ajudar a todos-tenho a honra de ser seu amigo!!!
ResponderExcluirCésar
Odes Triste para Amores inacabados...Um grande músico analisando a obra e um grande músico. Joãozinho Ribeiro soletrando letra e melodia, com seu talento impar, está sinfonia que por si só já se apresenta,magistral. Um encontro de bambas e,se Joãozinho assinou em baixo...só nos resta APLAUDIR!
ResponderExcluirFrancisco Tribuzi
FERNANDO ATALLAIA, ALÉM DE SER UM GRANDE AMIGO... É UM DOS MAIORES E MAIS ATUANTES POETAS DO MARANHÃO!!!... CHEGO A DIZER QUE ELE É ÍMPAR... INCONFUNDÍVEL... ESTA SINFONIA É MAGISTRAL E POR SI SÓ JÁ O REPRESENTA!!!... PARABÉNS, AMIGO & POETA ÍMPAR... BEIJO NO CORAÇÃO!!!...
ResponderExcluirPARABÉNS FERNANDO ATALAIA,FICO FELIZ POR VOCÊ !
ResponderExcluir''vícios do oficio de viver atallaiano''
ResponderExcluirEsplendido Joaozinho, Parabens.. Poeta é outra coisa.
Ana Paula-CCH-UFMA
Conheci o mesmo em 97 e o cara já era foda! Fernando é grande , com certeza um dos maiores do nosso MA
ResponderExcluirCristiano- Cohatrac
Muito bom ler um mestre como Joãozinho (que, para além da política é um grande artista) evidenciar mais ainda a obra ímpar de um cara tão potente como Fernando Atallaia. A música de Atallaia nos representa com o que fazemos de melhor, música recheada de poesia.
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