sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Ele falhou
Facções criminosas dominam capital maranhense e cumprem ‘salve’ divulgado
entre os ‘irmãos’.
Flávio Dino vê as consequências de seu interesse estritamente eleitoreiro bater à porta de sua indiferença.
Sistema de Segurança chega tarde demais.
Sistema de Segurança chega tarde demais.
POR FERNANDO ATALLAIA
EDITOR-CHEFE DA AGÊNCIA BALUARTE
O cumprimento do ‘salve’ dado aos ‘irmãos’ pelas facções criminosas anteriormente
divulgado em aplicativos de redes
sociais, desvelou em definitivo o que já vinha sendo denunciado pela sociedade
civil no Maranhão: o Sistema Carcerário na gestão do governador Flávio Dino
continua a representar caos, humilhação, exclusão e ultraje aos direitos
humanos no estado.
![]() |
Facções cumprem'salve' em reinvindicação por tratamento digno no Sistema Carcerário do Maranhão: alvo é o governo. |
As escolas incendiadas ontem (30) assim bem como os atentados a dezenas
de ônibus, carros particulares e estatais são uma resposta das facções à ausência
de politicas públicas no Sistema e mais precisamente em Pedrinhas onde as más
condições de tratamento aos apenados vierem à tona nos últimos dias.
A PASTA QUE SÓ EXISTE NO PAPEL Francisco Gonçalves é um dos porta-vozes
do governo no facebook: ganhando uma bolada mensal para não fazer nada, ele é o
secretário de Direitos Humanos do governo do estado.
|
A barbárie desta vez ganhou outra feição. Em sua primeira edição protagonizada
por brigas por espaço e rivalidade entre os grupos criminosos, desta vez as facções
cobram dignidade e cidadania no Sistema Carcerário Maranhense. O grito
perpassou as grades e por todo dia e noite desta triste quinta-feira (29) se
fez ouvir na Grande Ilha com demonstrações de reação à atual gestão. O fato é
que o governo Flávio desde quando foi lançado há exatos seis meses o pontapé
inicial para as eleições deste ano, se alienou literalmente da realidade do
estado. O governador saiu a vestir a camisa de comunistas candidatos e aliados
adjacentes com a clara intenção de fortalecer sua base eleitoral para a
reeleição ao Palácio dos Leões. Como já vinha ocorrendo.
Ônibus incendiado no Terminal da Forquilha em São Luís; barbárie que poderia ter sido evitada. |
O poder de articulação das facções vai de encontro à ausência de estado
no campo social. É uma reinvindicação. Truculenta, ríspida, brutal, como não poderia
ser diferente, mas uma reinvindicação que entrega um governo descompromissado
com a paz coletiva. Flávio Dino continua a agir da maneira endêmica e caseira
com a qual se pautava Roseana Sarney . Ou seja: ao invés de prevenir, tenta de
forma desesperada remediar após o acontecimento registrado.
GOVERNO DA POLITICALHA- Não é necessário tornar-se um leitor atento e em
tempo real para se chegar à conclusão de que o governo Flávio prioriza quase
que por 24h diárias as alianças eleitoreiras e as jogadas politicas, esquecendo-se
do programa de governo que deveria está cumprindo com celeridade. Em dois anos
quase nada foi feito do que foi dito. Mesmo no âmbito do Sistema de Segurança,
o governo insiste em manter no cargo um secretário que já deu provas cabais de
incompetência, mas de novo pesam as concessões politicas. Jeferson Portela é
irmão da reitora da UFMA, Nair Portela com a qual Flávio não pretende se indispor
de olho no quinhão eleitoral da universidade. Ainda que os maranhenses sejam
sacrificados pelo interesse pessoal do governador, Jeferson deverá continuar secretário
e para defendê-lo a estratégia é simples: invocar o passado imputando toda
sorte de problemas na área aos governos anteriores. Ao sarneysismo que, aliás, já ficou no passado.
Quem governa agora é Flávio.
Salas de aula foram incendiadas em diversas escolas do Maranhão; forças de Segurança chegaram tarde demais. |
Se os sarneys são culpados ou não pela indiferença de Flávio Dino em promover
justiça social e pela incompetência visível e gritante de um governo que usa as
redes sociais para celebrar acordos políticos em detrimento das demandas da
população, essa não é a questão. O descontentamento dos maranhenses com Flávio,
auxiliares e a turma da chamada ‘mudança’ é com a postura de mesmice que
eles representam por serem eles mesmo o
‘mais do mesmo’, a própria mesmice administrativa das gestões anteriores em
versão atualizada, com algumas peculiaridades, é claro: o governo de Flávio é mais fadado à geleira
da impunidade; pessoas morrem assassinadas; maranhenses correm risco de morte;
despencam na falta de emprego e renda e eles ali vendo tudo acontecer do alto e
nada fazem.
Ou melhor, até fazem: depois que a tragédia anunciada vira fato consumado, como foi desta vez.
O COMÍCIO EM SÃO JOSÉ DE RIBAMAR- Os ataques que até a tarde de hoje sexta-feira
(30) ainda não haviam cessado preconizam primeiramente o abandono instaurado
por forças antigas, excludentes e centralizadoras de certo ‘espirito oligárquico
governativo’ existente hoje no Palácio dos Leões. Com poucas figuras dando as
cartas e direcionando o futuro do estado segundo suas paixões e interesses
particulares. Como é o caso de Márcio Jerry, um sujeito capaz de perseguir a
quem não lhe é simpático e conhecido pela idiossincrática apatia diante do interesse público.
Jeferson Portela continua à frente da Secretaria de Segurança do estado:
enquanto Nair Portela for reitora da UFMA, ele não sairá de lá.
|
Mas por outro lado, a falta de vergonha do próprio governador em não esconder
a ninguém a prioridade no projeto de consolidação de poder, uma orientação jerrysista
que certamente pretende avançar, começou a se arrastar pelas cidades
maranhenses já alguns meses e ontem sob o oportunismo da autopromoção, em plenos
ataques na Ilha, o governador pegou carona no favoritismo do candidato Luís Fernando
Silva em São José de Ribamar. Uma das cidades que mais sofrem com a falta de
atenção no quesito segurança por parte do governo, Flávio apareceu por lá
bonachão, alegre, fanfarrão. Foi rechaçado: os ribamarenses começaram nas redes
sociais após o comício uma ampla campanha contra Flávio Dino que acusam de ter
esquecido a terceira maior cidade do Maranhão.
DE OLHO NOS QUINHÕES ELEITORAIS Flávio Dino é consumido dia e
noite pelo sentimento de indiferença e politicalha: único interesse dele no Maranhão
é fortalecer bases eleitorais visando consolidação do projeto de poder.
|
Mas não aconteceu apenas em São José de Ribamar. Flávio Dino vem vendo espinafrado
em outras cidades e o motivo é palpável: ele esqueceu os detentos, as famílias
maranhenses, vários outros municípios e a grande maioria dos maranhenses. Como lembrar,
se pensa apenas em sua reeleição?
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Esse cenário de degradação do sistema de segurança é uma vergonha para o povo maranhense. Ou os gestores responsam positivamente reprimindo essas ações, como por exemplo, mandando pra fora os cabeças dessas ações - isolando as lideranças, ou o imperio do medo vai tomar de conta de nossa cidade e de todo o Estado.
ResponderExcluirAtalaia urgenteeeeeeee tao tocando fogo em pedrinhassssss faz essa materia cara rapidooooooooooo
ResponderExcluiré jisiel
apenas não diga que as ações dos bandidos estão corretas.. pelo amor de Deus, não justifique as barrariesdos criminosos. fique do lado do bem.
ResponderExcluirMuito interessante a reflexão o Carandiru é logo ali.....Pedrinhas defendo a desativação do complexo ou Barbárie.Kelé Martins Inspetor Penitenciário militante sindical é dos Direitos Humanos.
ResponderExcluirNão entendi dessa vez: os bandidos são bons e o governo mau? Explique!
ResponderExcluirRonaldo