quinta-feira, 4 de agosto de 2016
De 19 marcas de azeite extravirgem testadas, quatro sequer podem ser consideradas azeite
A Associação de Consumidores testou 19 marcas de
azeite extravirgem e constatou que quatro (Figueira da Foz, Tradição, Quinta
d’Aldeia e Vila Real) não podem nem ser consideradas azeites, e sim uma mistura
de óleos refinados.
Menos da metade dos produtos
avaliados, apenas oito, apresentam qualidade de extravirgem. São eles: Olivas
do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor,
Qualitá.
Os outros sete (Borges,
Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata) são apenas virgens.
Dos quatro testes que a entidade já realizou com esse produto, este foi o com o
maior número de fraudes contra o consumidor.
As propriedades
antioxidantes do azeite de oliva são o principal atrativo do produto, devido ao
efeito benéfico à saúde. Mas para que o azeite mantenha suas características, é
importante que ele não seja misturado a outras substâncias. Os quatro produtos
desclassificados pela entidade são, na verdade, uma mistura de óleos refinados,
com adição de outros óleos e gorduras. Em diversos parâmetros de análise, essas
marcas apresentaram valores que não estão de acordo com a legislação vigente.
Os testes realizados indicaram que os produtos não só apresentam falta de
qualidade, como também apontaram a adição de óleos de sementes de oleaginosas,
o que caracteriza a fraude.
Outros sete não chegam a
cometer fraude como esses, mas também não podem ser vendidos como extravirgens.
A entidade ressalta que o consumidor paga mais caro, acreditando estar
comprando o melhor tipo de azeite e leva para casa um produto de qualidade
inferior.
É considerado fraude o
produto vendido fora das especificações estabelecidas por lei. Para as
análises, foram considerados parâmetros físico-químicos para detectar possíveis
adulterações: espectrofotometria (presença de óleos refinados); quantidade de
ceras, estigmastadieno, eritrodiol e uvaol (adição de óleos obtidos por
extração com solventes); composição em ácidos graxos e esteróis (adição e
identificação de outros óleos e gorduras); isômeros transoleicos,
translinoleicos, translinolênicos e ECN42 (adição de outras gorduras vegetais).
A entidade vai notificar o
Ministério Público, a Anvisa e o Ministério da Agricultura, exigindo
fiscalização mais eficiente. Nos três testes anteriores foram detectados problemas.
Em 2002, foram avaliados os virgens tradicionais e foi encontrada fraude. Em
2007, a situação se repetiu com os extravirgens. Em 2009, uma marca que dizia
ser extravirgem não correspondia à classificação. Para a Proteste, isso
demonstra que os fabricantes ainda não são alvos da fiscalização necessária.
A reportagem procurou os
quatro fabricantes dos óleos desclassificados. A importadora do óleo Quinta
d’Aldeia não possuía porta-voz imediatamente disponível para comentar o
assunto. As outras três marcas não tiveram representantes localizados.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO A
PROTESTE
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
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: ‘reconstrução’ é a palavra de ordem na cidade
ResponderExcluirParabéns pela matéria
Ricardons da Alonso Costa , universitário