segunda-feira, 18 de abril de 2016
Dilma ainda precisa passar pelo Senado; saiba como vai funcionar
Os integrantes da comissão especial serão
definidos conforme a proporcionalidade dos partidos ou dos blocos partidários.
Com o sinal verde dado neste domingo, 17, pela
Câmara dos Deputados para abertura do processo de impeachment da presidenta
Dilma Rousseff, o futuro do mandato presidencial está agora nas mãos dos 81
senadores.
Nesta segunda-feira, 18, o processo será
enviado ao Senado e no dia seguinte, 19, lido no plenário da Casa. Ainda na
terça-feira, os líderes partidários deverão indicar os 42 parlamentares que vão
compor a comissão que analisará o assunto no Senado, com 21 titulares e 21
suplentes. A comissão tem prazo de 48 horas para eleger o presidente e o
relator. Por causa do feriado de 21 de abril, nesta quinta-feira, isso deverá
ocorrer somente na segunda-feira, 25.
Os integrantes da comissão especial serão
definidos conforme a proporcionalidade dos partidos ou dos blocos partidários.
A partir daí, o colegiado terá dez dias para apresentar um relatório pela
admissibilidade ou não do processo de impeachment. O que ainda não está claro é
se são dias corridos ou dias úteis. O parecer será votado na comissão e
independentemente do resultado também será apreciado pelo plenário do Senado.
Em ambos os casos, a votação será por maioria simples.
Afastamento
Caso aprovada a admissibilidade do processo
pelo Senado, o que deve ser decidido entre os dias 10 e 11 de maio, a
presidenta Dilma Rousseff será notificada e afastada do cargo por um prazo
máximo de 180 dias, para que os senadores concluam o processo. O
vice-presidente da República, Michel Temer, assume o posto. Mesmo se for afastada,
Dilma manterá direitos como salário, residência no Palácio da Alvorada e
segurança. Nesse período, ela fica impedida apenas de exercer suas funções de
chefe de Estado.
Instrução processual
Nesta etapa, o processo voltará à comissão
especial para a fase de instrução. É aí que a presidenta terá até 20 dias para
apresentar sua defesa. A comissão analisará todos os elementos para o
impedimento e a defesa de Dilma Rousseff. Também serão juntados documentos,
provas, mas, para isso, não há prazo definido em lei.
Um novo parecer com as conclusões, com base no
que for reunido, será votado na comissão especial e no plenário da Casa, também
por maioria simples. Se aprovado mais esse parecer a favor do impeachment, o
julgamento final do processo será marcado. A sessão, no Senado, será presidida
pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa última votação, feita
apenas no plenário do Senado, é preciso dois terços dos votos para que o
impedimento seja aprovado. Ou seja, 54 dos 81 senadores.
Dúvidas
O processo de impeachment de Dilma Rousseff
chega ao Senado em meio a uma série de dúvidas sobre o que determina a
legislação e o regimento interno a respeito de prazos processuais.
Até terça-feira, 19, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá reunir os líderes dos partidos e consultar o
presidente do STF, Ricardo Lewandowski, sobre o rito do processo na Casa. A
opinião de Lewandowski é considerada fundamental para que o rito não seja
questionado judicialmente por partidos. A expectativa é que a partir daí o
calendário de tramitação no Senado sofra alterações.
O próprio início da participação do presidente
do STF no julgamento é motivo de dúvidas. Em 1992, o ministro Sydney Sanches,
que presidiu a condução do processo de impeachment do ex-presidente Fernando
Collor, assumiu o comando do processo no Senado a partir de sua
admissibilidade. Agora, a avaliação é que o presidente do Supremo lidere o
processo apenas no dia do julgamento.
Outra dúvida diz respeito a composição da
comissão que avaliará previamente a admissibilidade do processo. Ainda não está
definido se o presidente e o relator da comissão serão designados, como
tradicionalmente, respeitando a maior bancada, ou se haverá eleição.
O prazo que a comissão teria para apresentar um
relatório e votá-lo também é motivo de questionamentos. Diferentemente da
Câmara, que considerou 10 sessões plenárias, a previsão em lei é de dez dias no
Senado. Não está claro, entretanto, se serão contados dias corridos ou úteis.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO CORREIO BRAZILIENSE
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
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