sábado, 17 de outubro de 2015
Quem botou o dinheiro na conta do Cunha? Não foi o saci...

São dois personagens tipicamente cariocas. Um ganha a vida honestamente nas ruas do Rio como estátua viva. O outro é acusado de ganhar a vida desonestamente como deputado do Rio. A dúvida que paira sobre Eduardo Cunha ganhou corpo com a divulgação de documentos de contas na Suíça com informações pessoais e até a assinatura igual à dele. A culpa é de quem?


Na folclórica política brasileira, historicamente, de ninguém. Cunha, mais uma vez, negou as acusações. O EXTRA, então, foi atrás de um personagem que, na cultura popular, é sempre o culpado por tudo de errado. O maranhense Erinaldo Lima, de 43 anos, encanta o carioca como o saci. Ele perdeu a perna aos 19 anos num acidente de carro, mas não se entregou. Hoje, é a estátua viva mais popular do Rio e até dá palestras de motivação para amputados.

Erinaldo Cardoso Lima, o Saci Pererê

Erinaldo Cardoso Lima, o Saci Pererê Foto: Marcelo Theobald / Extra

Em um país onde até a crônica política parece folclore, não seria de estranhar que um dos personagens míticos da cultura popular saltasse à realidade. Presente no imaginário infantil desde os livros de Monteiro Lobato, o saci ganhou vida nas ruas do Rio graças à força de um brasileiro, nordestino da cidade de Imperatriz, do Maranhão, que aos 19 anos perdeu sua perna em um acidente na rodovia Transamazônica. Mas jamais se entregou. Um dia, teve um estalo. Era um saci. E se tornou o símbolo da sobrevivência do homem do povo.
Virou estátua. Viva. Erinaldo Cardoso Lima, de 43 anos, faz graça o tempo todo com o personagem. E avisa, na terra de escândalos, que a realidade não pode imitar o folclore. Não adianta culpar o saci.

O Saci Pererê, e os problemas insolúveis do Rio de Janeiro como os assaltos entre a Linha Amarela e Linha Vermelha

O Saci Pererê, e os problemas insolúveis do Rio de Janeiro como os assaltos entre a Linha Amarela e Linha Vermelha Foto: Thiago Freitas / Extra


Vou me candidatar. O saci é o único que não passa a perna no povão — debocha.
Maranhense de nascimento, Erinaldo foi criado com dez irmãos no Pará. Aos 19 anos, estava na caminhonete dirigida por seu pai, militar aposentado, que conduzia os colonos às fazendas. O carro colidiu contra outro veículo.



— Quando acordei, minha perna já tinha sido amputada. O primeiro pensamento de quem passa por uma tragédia é: por que eu? Hoje, nas minhas palestras para amputados, tem gente que se ressente quando eu digo: não adianta se lamentar, isso não traz sua perna de volta. Trabalhar como saci me ajudou a aceitar meu corpo. Hoje vou à praia com minhas filhas, me divirto, naturalmente — discursa o ator, pai de Rhayane, de 12 anos, Rhayla Sofia, de quatro, e Rhaylane, de 3 meses: — Você só descobre o seu potencial quando está ferrado. Se eu não posso vender carros, vou vender adesivos, mas sem trabalhar não fico.
Lição que deveria ser ensinada. Em Brasília.

Nota: Erinaldo Cardoso Lima, o Saci, foi contratado pelo Extra para uma

sessão de fotos. Ele é ator, artista de rua e participa de eventos,

palestras e apresentações em escolas. 


As informações são do Jornal Extra Rio

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