domingo, 8 de março de 2015
Apenas 10% dos assassinatos no campo são julgados, afirma CPT
Brasil de Fato
Apenas 114 pessoas foram punidas em um período onde ocorreram mais de mil assassinatos; Na maior parte das vezes, não há sequer julgamento dos suspeitos
O relatório publicado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre a violência no campo revela que, de 1.270 casos de homicídio registrados nas últimas três décadas, apenas 108 foram julgados, o que é menos de 10% do total.
Apenas 114 pessoas foram punidas em um período onde ocorreram mais de 1700 assassinatos. Na maior parte das vezes não há sequer julgamento dos suspeitos.
Apenas 114 pessoas foram punidas em um período onde ocorreram mais de 1700 assassinatos. Na maior parte das vezes não há sequer julgamento dos suspeitos.
O Pará é o recordista no número de assassinatos em conflitos de terra no País. A região tem 645 vítimas fatais nos últimos 30 anos. Dos 429 casos (muitos abrangem mais de um homicídio), somente 22, ou 5% do total, foram a julgamento. Apenas 14 mandantes e três executores foram condenados, enquanto quatro mandantes e 16 executores, absolvidos.
Ocorreram 840 assassinatos no Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e no território amazonense. Apenas 33 deles foram julgados, menos de 4%, e 43 pessoas, condenadas.
No Nordeste brasileiro, 424 pessoas foram mortas entre 1985 e 2014, enquanto somente 21 casos acabaram indo a julgamento e 48 acusados, entre mandantes e executores, condenados. No Centro-Oeste, foram 181 homicídios em conflitos de campo, 12 julgamentos e apenas 13 condenações (somente uma delas a um acusado de ter sido mandante).
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina tiveram um total de oito julgamentos e oito condenações para 77 homicídios. Em território gaúcho o índice de solucionamento dos casos é ainda pior: foram 15 vítimas fatais no período e somente uma pessoa, executora de um dos assassinatos, condenada.
Em São Paulo, 17 pessoas foram mortas no período e somente um suspeito foi condenado. Rio de Janeiro e Espírito Santo, respectivamente com 16 e 36 assassinatos cada, tiveram um total de três executores e um mandante condenados.
Recordista no número de casos no Sudeste, Minas Gerais é o estado que mais julgou e condenou os responsáveis pelos homicídios no campo ocorridos no País. A unidade federativa levou a tribunais 25 dos 68 casos registrados (um total de 89 vítimas fatais), ou seja, 36,7%. Vinte e seis pessoas foram condenadas.
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