terça-feira, 13 de janeiro de 2015
TUDO JUNTO E MISTURADO
Luís Fernando e Flávio Dino numa aproximação estratégica
Por Hugo Freitas
Queridos Leões, vocês nunca mais rugirão para o povo do Maranhão". Essa foi uma das muitas frases de efeito utilizadas pelo governador Flávio Dino (PCdoB) no dia de sua posse. Mas, à medida que o tempo passa, a fábula contada vai sendo desencantada.
A foto abaixo é o exemplo claro disso. O ex-pré-candidato ao governo do Maranhão e ex-prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva (PMDB), foi recebido pelo governador, no Palácio dos Leões. Segundo os releases de assessoria distribuídos à imprensa, a pauta do encontro foi apresentar ao peemedebista o que o governo comunista vem realizando e planejando para o Estado.
Contudo, para se entender essa foto no mínimo "inusitada", já que o ex-secretário da Casa Civil do governo Roseana Sarney (PMDB) era adversário eleitoral de Dino até a fatídica "desistência", é necessário compreender o cenário que a engendra.
Os dinistas Márcio Jerry, Carlos Brandão e o próprio Flávio Dino abriram as portas para o sarneysista tarimbado Luis Fernando Silva: interesses unidos para um futuro bem próximo |
A poucos dias, foi ventilada a hipótese de filiação de Luís Fernando no PSB, partido comandado pelo vereador Roberto Rocha Júnior, filho do senador e ainda vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, também do PSB.
Como é sabido, Fernando e Rocha são amigos de longa data, já que são "crias" do que se convencionou chamar de "sarneysismo". Aliás, muitos dos que hoje governam o Maranhão também foram gestados politicamente no berço da famigerada "oligarquia".
Ocorre que Fernando pretende disputar as eleições de 2016, seja em São José de Ribamar ou em São Luís. E, para isso, busca costurar alianças favoráveis às suas intenções, o que explica a possibilidade de filiação no partido do amigo Rocha.
Contudo, Roberto Rocha não goza da confiança de muitos próceres do "dinismo". Basta observar que nos jornais, rádios e blogs alinhados ao governador, o vice-prefeito passou a ser acusado de ter sido o "delator" da suposta desistência de Flávio Dino de vender a Casa de Veraneio. A impossibilidade de venda está ancorada em lei vigente que trata da área onde o imóvel oficial do Governo do Maranhão está situado, legislação esta não verificada (?) pela dita "competente" equipe jurídica dos comunistas durante a campanha nem durante o processo de transição, mas alardeada como possível.
FOGO AMIGO No meio desses sorrisos há uma guerra que você nem ousaria imaginar as proporções |
Uma vez Fernando filiado no partido de Rocha, ambos sairiam fortalecidos para a disputa não só das eleições de 2016, mas também de 2018. Roberto Rocha elegendo o prefeito de São Luís, fica gabaritado politicamente para a disputa do governo, seu sonho maior, exatamente como Flávio fez ao ajudar na eleição de Edivaldo.
Sensível a essa jogada, Dino acena para Fernando com o intuito de evitar um fortalecimento maior de Rocha e, mesmo, de enfraquecê-lo. Sob a proteção do governador, Luís Fernando tanto pode sair como vice de Edivaldo, candidato natural pela prerrogativa da reeleição, quanto disputar a cadeira de prefeito de São Luís em 2016 contra o seu atual ocupante.
Essa segunda hipótese é a mais improvável, mas não impossível. Afinal, Edivaldo amarga uma péssima avaliação popular de sua gestão, que beira à casa dos 70% de desaprovação. Contra si, pesa ainda o nome de Eliziane Gama (PPS), deputada federal eleita que se articula para viabilizar sua candidatura municipal em 2016, dada como vitoriosa por muitos ainda no primeiro turno.
Nesse sentido, a entrada de Luís Fernando na corrida sucessória de São Luís pode quebrar essa suposta hegemonia do nome de Eliziane, forçando mesmo um (im)provável segundo turno. Nessas circunstâncias, a balança penderá para o lado de quem for mais abraçado pelo governador. Este, por sua vez, tenta criar uma configuração onde sua influência seja decisiva para todos os cenários vitoriosos possíveis.
ELA QUE SE CUIDE Nesse sentido, a entrada de Luís Fernando na corrida sucessória de São Luís pode quebrar essa suposta hegemonia do nome de Eliziane |
Por fim, e não menos importante, é o próprio Flávio Dino quem sai fortalecido com um acordo com um dos "figurões" do PMDB. Depois de ter sido "assediado" publicamente pelo ex-ministro "sarneysista" do Turismo, Gastão Vieira (PMDB), que certificou o fim do grupo Sarney, uma aliança com Luís Fernando permite a Flávio ser o "crupiê" do jogo político no Maranhão, minimamente pelas próximas quatro disputas eleitorais.
Afinal, Flávio terá sob seu comando nada menos que caciques dos três maiores partidos do Brasil: PT, PSDB e PMDB, com a lisonja de que este último parece sinalizar que não irá caminhar para uma oposição ao novo governo estadual, como deixou entrever a polêmica entrevista de Gastão. Certamente, o acúmulo desse capital político credencia Flávio a alçar voos mais altos.
A "Rocha" no sapato de Dino fica por conta de dois "problemas": primeiro, do senador "aliado", que não pretende abrir mão novamente do sonho de ser governador do Maranhão, tal como seu pai o foi, o falecido Luís Rocha.
E, principalmente, por conta do discurso eleitoreiro do "anti-sarney", que perdeu sua eficácia com a aposentadoria de José Sarney e de sua filha, Roseana Sarney, e com os inúmeros apoios de "(ex)sarneysistas" durante a campanha e que hoje estão no governo, ocupando inclusive postos de comando, o que exigirá de Flávio Dino a elaboração de uma outra estratégia midiática para convencer o eleitorado a acreditar novamente em alguém que, no dia da "posse da mudança", prometeu que os "queridos leões" nunca mais rugiriam para o povo do Maranhão.
Na verdade, os "queridos leões" estão voltando para o Palácio. Ou será que nunca saíram dele?
Hugo Freitas é Editor-Chefe do Blog do Hugo Freitas.
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Quando ainda pré candidato ao governo, o LUIS FERNANDO já recebia os elogios de FLAVIO DINO, esse reconhecimento do DINO por LF vem desde quando LF era PREFEITO DE SJR. Muitos maranhenses reconhecem as qualidades de LUIS FERNANDO como CIDADÃO, POLÍTICO e TÉCNICO. Portanto bravos e bravas, foi apenas um convite de um CHEFE DO PODER EXECUTIVO DO MA, atendido por UMA ILUSTRE LIDERANÇA POLÍTICA QUE DISPONIBILIZA DE UM EXPRESSIVO CAPITAL POLÍTICO QUE POUCOS MARANHENSES TEM. Não vejo nada de errado em um gesto diplomático institucional praticado por duas LIDERANÇAS POLÍTICAS QUE SE RESPEITAM.
ResponderExcluirVai ser o vice de holandinha pra ser o proximo prefeito de sao luis.. elisiane se ferrou kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirmarinho