quinta-feira, 8 de maio de 2014
Acusado de ser mandante de chacina de trabalhadores rurais em Marabá vai a júri quase 30 anos depois
O caso ficou conhecido em nível nacional e internacional, em razão da crueldade usada pelos assassinos para matar as vítimasDa CPT Marabá
O fazendeiro Marlon Lopes Pidde, acusado da chacina de 5 trabalhadores rurais no município de Marabá, em 27/09/1985, foi julgado pelo tribunal do júri da capital nesta quinta feria, dia 08 de maio. O crime ficou conhecido como chacina da Fazenda Princesa. O processo já tramita na justiça paraense há 29 anos e até hoje nenhum responsável pelos crimes foi julgado.
O gerente da fazenda de Marlon, que também foi denunciado por ter participado da chacina, escapou de ser julgado, devido ter completado 70 anos e ter sido beneficiado pela prescrição. Um irmão e um empregado de Marlon também enfrentarão o tribunal do júri. Os pistoleiros que fizeram parte da chacina não foram identificados.
Marlon Pidde, acusado de ser o mandante do crime, passou 20 anos foragido. A polícia do Pará nunca empreendeu qualquer tipo de esforço para prendê-lo. Ele foi preso pela Polícia Federal no final de 2006. Na época, estava residindo em São Paulo e usava nome falso. O fazendeiro passou apenas 4 anos e 8 meses preso. Em Agosto de 2011, o STJ mandou soltar Marlon alegando demora em excesso da Justiça paraense em
levá-lo a julgamento.
28 anos de impunidade |
No segundo semestre do ano passado, o Ministério Público, tomou conhecimento de que o Fazendeiro Marlon encontrava-se na sede da Polícia Federal do Estado de São Paulo tentando tirar seu passaporte. O acusado pretendia empreender fuga do Brasil e se furtar do julgamento. Atendendo ao Pedido do MP, o juiz da primeira vara do tribunal do júri da capital decretou de imediato sua prisão preventiva. Mas, meses após, o mesmo juiz mandou colocá-lo novamente em liberdade, atendendo pedido da defesa de Marlon.
O caso ficou conhecido em nível nacional e internacional, em razão da crueldade usada pelos assassinos, chefiados por Marlon, para matar as vítimas. Os cinco trabalhadores foram sequestrados em suas casas, amarrados, torturados durante dois dias e assassinados com vários tiros. Depois de mortos, os corpos foram presos uns aos outros com cordas e amarrados a pedras no fundo do rio Itacaiunas. Os corpos só foram localizados mais de uma semana após o crime. O caso foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, onde tramita um processo contra o Estado brasileiro.
Uma caravana de familiares das vítimas e de trabalhadores rurais do município de Marabá, seguiu para Belém para acompanharem o julgamento. A expectativa de todos é que, ainda que muito tarde, a JUSTIÇA seja feita.
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Postagens mais visitadas
-
Um casal foi preso, no início da tarde dessa terça-feira (10), dentro de pelo crime de um micro-ônibus, pelo tráfico de drogas. O homem e a ...
-
O deputado federal Pastor Gil(PL) esteve em São Domingos do Maranhão onde participou das comemorações dos 90 anos da Assembleia de Deus no m...
-
A Pesquisa de Intenção de Consumo para o Dia dos Namorados em 2025 aponta que 50,3% dos consumidores de São Luís pretendem comprar presente...
-
A decisão teve como base uma ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), o qual apontou que o licenciamento ambiental foi feito de ...
-
São Luís sediou neste sábado(7) o 1º Encontro Maranhense em Defesa da Vida. O evento aconteceu no Multicenter Sebrae e contou com a presenç...
-
Um tiroteio em uma escola na cidade de Graz, segunda maior cidade da Áustria e a 20km da capital Viena, deixou dez mortos, além de pessoas f...
-
O Ministério Público do Maranhão recebeu na manhã desta sexta-feira(6) a visita do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman ...
-
O assassinato de Sinclair Cardoso dos Santos, um motorista de aplicativo de 27 anos, nesta segunda-feira(9) chocou a Grande São Luís. O crim...
-
O Maranhão já registrou, neste ano, 1.776 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 100 mortes confirmadas. O avanço das síndro...
-
Com base no efeito Orloff (eu sou você, amanhã), o Brasil acompanha com muito mais interesse o governo de Javier Milei, na Argentina, e não ...
Pesquisar em ANB
Nº de visitas
Central de Atendimento
FAÇA PARTE DA EQUIPE DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
0 comentários:
Postar um comentário