domingo, 6 de julho de 2025

Uma expedição da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) confirmou a presença do peixe-leão -Espécie invasora, venenosa e sem predadores naturais - no Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís, banco de corais localizado a cerca de 180 km da costa de São Luís.  Contexto: O Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís é o primeiro parque estadual marinho do Brasil e o único na costa norte do país, ainda pouco estudado. De difícil acesso, a área só pode ser visitada em uma janela natural que vai de janeiro a junho, período em que os ventos são menos intensos. O nome homenageia o pescador Manuel Luís, o primeiro a identificar esse banco de corais na costa maranhense. Durante os quatro dias da expedição, realizada com apoio do navio da UFMA, os pesquisadores coletaram amostras de água em diferentes profundidades com o uso de equipamentos como a rosette, que ajuda a analisar propriedades físico-químicas como temperatura, salinidade e oxigenação da água. As amostras serão analisadas em laboratório. A grande preocupação, no entanto, foi a confirmação da presença do peixe-leão, espécie originária do Oceano Pacífico. O animal é conhecido pela rápida reprodução e por causar impactos drásticos em ambientes onde é introduzido, afetando a biodiversidade local e a cadeia alimentar. “Esse peixe se prolifera muito rápido. Como ele já está no Parcel, pode chegar também à nossa zona costeira, e isso pode ser prejudicial no que diz respeito à biota, à pesca e até mesmo ao turismo, considerando que temos uma região litorânea onde as pessoas aproveitam muito as praias para o lazer”, explicou o oceanógrafo Marcelo Henrique Lopes Silva. Esta é a segunda expedição de pesquisadores do Departamento de Oceanografia e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFMA) ao Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís, e a primeira com tamanha riqueza de informações coletadas. Uma das principais preocupações dos pesquisadores é a preservação do conjunto de algas calcárias presente na região, fundamentais para o equilíbrio do ecossistema marinho local. A descoberta será formalizada em um artigo científico e também notificada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), para medidas que evitem a reprodução dessa espécie. Além disso, o Parcel de Manuel Luís vem se tornando um verdadeiro “cemitério de navios”. Pelo menos quatro embarcações naufragadas já foram catalogadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) na área. Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) informou que está elaborando um termo de referência para contratar uma consultoria especializada que será responsável pelo monitoramento de espécies bioinvasoras no Parcel.


G1

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