terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Sete xilogravuras originais do artista fazem parte de
exposição permanente
Sete xilogravuras originais do artista Antonio Almeida fazem parte de exposição permanente, aberta na segunda-feira (11), pela Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), no Convento das Mercês, bairro do Desterro, no Centro Histórico de São Luís.
O homenageado com a exposição, Antonio Almeida, é um artista com trajetória diversificada, o que inclui obras de pintura à escultura, gravuras, cerâmicas, ilustrações e murais e marcaram a arte maranhense.
As imagens em exposição foram produzidas entre 1960 e 1970 e mostram o cotidiano do interior do Maranhão, como a vida na roça e o bumba-meu-boi, motivos sempre captados pelo artista ao longo de sua vida.
“A genialidade e a multiplicidade de obras de Antonio Almeida ainda não são totalmente conhecidas nem mesmo no nosso estado. Essa exposição quer oferecer aos maranhenses a chance de conhecer o trabalho de alguém do Maranhão, que enfrentou uma vida dura, como muitas outras pessoas, e conseguiu deixar um importante legado para as artes no Estado”, explicou o secretário de Estado de Educação e presidente da FMRB, Felipe Camarão.
Na abertura da exposição, um dos filhos de Antonio Almeida, Marco Aurélio Almeida, foi com sua família conferir pessoalmente a homenagem. “Lembro bem desse trabalho que está aqui, lembro que ele fez e nunca recebeu pagamento. Eu perguntava por que ele não cobrava as pessoas e ele me disse ‘Não sei. Deus me deu um dom para fazer as coisas para minha própria satisfação. Faço porque me satisfaz, não para ficar rico’”, recorda o filho do artista.
Vida e Obra
Antonio Almeida nasceu no sertão de Barra do Corda, onde estudava, sozinho, a partir dos livros que os missionários capuchinhos utilizavam para a educação dos filhos dos fazendeiros. Autodidata, se mudou para Pedreiras e, depois, para São Luís, onde iniciou com uma modesta exposição de desenhos feitos com carvão.
Ao começar a frequentar os ambientes intelectuais da época, tornou-se rapidamente conhecido. A arte maranhense era ainda muito restrita à produção de pinturas tradicionais em óleo sobre tela. Foi Antonio Almeida quem expandiu e diversificou a produção artística do Estado, inovando em diferentes modalidades.
Parte de suas inúmeras obras não existem mais, como o primeiro mural público que Almeida fez para o extinto Banco Rural, na Rua Grande. No início dos anos 1960, o mural foi na época referência e foi elogiado pelo poeta Bandeira Tribuzzi. Também desapareceu a escultura de 13 metros de altura em aço retorcido instalada no retorno do Bacanga por ocasião da inauguração do Porto do Itaqui, na década de 1970. A escultura retratava um trabalhador erguendo um tijolo.
Antonio Almeida teve personalidades importantes em sua lista de clientes, entre os quais embaixadores, políticos, empresários e artistas que adquiriram suas peças, a exemplo do ex-governador Pedro Neiva de Santana e a cantora Elis Regina.
Os painéis e esculturas públicas que deram mais visibilidade à obra de Almeida. O painel que pode ser visto, até hoje, em um posto de combustíveis no bairro da Alemanha foi produzido pelo artista como decoração do antigo Terminal Rodoviário de São Luís. A parte inferior do painel, que retratava uma noiva fugindo na garupa de um cavaleiro, foi destruída durante uma reforma do posto, mas o desenho original, em xilogravura, pode ser visto na exposição da FMRB.
Também realizado por Almeida foi o painel do antigo Banco do Estado do Maranhão, na praça João Lisboa, preservado ainda hoje. Obeliscos e esculturas feitas pelo artista podem também ser vistos em cidades do interior do Estado, como Pedreiras e Anapurus.
MATÉRIA ENVIADA PELA SECRETARIA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL E ASSUNTOS POLÍTICOS DO GOVERNO DO MARANHÃO
Sete xilogravuras originais do artista Antonio Almeida fazem parte de exposição permanente, aberta na segunda-feira (11), pela Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), no Convento das Mercês, bairro do Desterro, no Centro Histórico de São Luís.
O homenageado com a exposição, Antonio Almeida, é um artista com trajetória diversificada, o que inclui obras de pintura à escultura, gravuras, cerâmicas, ilustrações e murais e marcaram a arte maranhense.
As imagens em exposição foram produzidas entre 1960 e 1970 e mostram o cotidiano do interior do Maranhão, como a vida na roça e o bumba-meu-boi, motivos sempre captados pelo artista ao longo de sua vida.
O homenageado com a exposição, Antonio Almeida, é um artista com trajetória diversificada, o que inclui obras de pintura à escultura, gravuras, cerâmicas, ilustrações e... |
“A genialidade e a multiplicidade de obras de Antonio Almeida ainda não são totalmente conhecidas nem mesmo no nosso estado. Essa exposição quer oferecer aos maranhenses a chance de conhecer o trabalho de alguém do Maranhão, que enfrentou uma vida dura, como muitas outras pessoas, e conseguiu deixar um importante legado para as artes no Estado”, explicou o secretário de Estado de Educação e presidente da FMRB, Felipe Camarão.
Na abertura da exposição, um dos filhos de Antonio Almeida, Marco Aurélio Almeida, foi com sua família conferir pessoalmente a homenagem. “Lembro bem desse trabalho que está aqui, lembro que ele fez e nunca recebeu pagamento. Eu perguntava por que ele não cobrava as pessoas e ele me disse ‘Não sei. Deus me deu um dom para fazer as coisas para minha própria satisfação. Faço porque me satisfaz, não para ficar rico’”, recorda o filho do artista.
Vida e Obra
Antonio Almeida nasceu no sertão de Barra do Corda, onde estudava, sozinho, a partir dos livros que os missionários capuchinhos utilizavam para a educação dos filhos dos fazendeiros. Autodidata, se mudou para Pedreiras e, depois, para São Luís, onde iniciou com uma modesta exposição de desenhos feitos com carvão.
Ao começar a frequentar os ambientes intelectuais da época, tornou-se rapidamente conhecido. A arte maranhense era ainda muito restrita à produção de pinturas tradicionais em óleo sobre tela. Foi Antonio Almeida quem expandiu e diversificou a produção artística do Estado, inovando em diferentes modalidades.
Parte de suas inúmeras obras não existem mais, como o primeiro mural público que Almeida fez para o extinto Banco Rural, na Rua Grande. No início dos anos 1960, o mural foi na época referência e foi elogiado pelo poeta Bandeira Tribuzzi. Também desapareceu a escultura de 13 metros de altura em aço retorcido instalada no retorno do Bacanga por ocasião da inauguração do Porto do Itaqui, na década de 1970. A escultura retratava um trabalhador erguendo um tijolo.
Parte de suas inúmeras obras não existem mais, como o primeiro mural público que Almeida fez para o extinto Banco Rural, na Rua Grande. |
Antonio Almeida teve personalidades importantes em sua lista de clientes, entre os quais embaixadores, políticos, empresários e artistas que adquiriram suas peças, a exemplo do ex-governador Pedro Neiva de Santana e a cantora Elis Regina.
Os painéis e esculturas públicas que deram mais visibilidade à obra de Almeida. O painel que pode ser visto, até hoje, em um posto de combustíveis no bairro da Alemanha foi produzido pelo artista como decoração do antigo Terminal Rodoviário de São Luís. A parte inferior do painel, que retratava uma noiva fugindo na garupa de um cavaleiro, foi destruída durante uma reforma do posto, mas o desenho original, em xilogravura, pode ser visto na exposição da FMRB.
Também realizado por Almeida foi o painel do antigo Banco do Estado do Maranhão, na praça João Lisboa, preservado ainda hoje. Obeliscos e esculturas feitas pelo artista podem também ser vistos em cidades do interior do Estado, como Pedreiras e Anapurus.
MATÉRIA ENVIADA PELA SECRETARIA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL E ASSUNTOS POLÍTICOS DO GOVERNO DO MARANHÃO
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