quinta-feira, 6 de setembro de 2018
Poesia Sempre!
Leia o poema inédito A Noite das Maravilhas, da obra inédita Itinerário do Baixo-Forquilha-Noite, Putas e Poesia, de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia
Demônios risonhos pregados na cruz
Rindo-se da falsa alegria ali imponente
Entre golpes de dor, mentiras e gim
E elas campeiam na ilusão dos segundos
Provocando milagres nas amaldiçoadas
Pelos restos de luz que a fumaça apodrece
Como se o Cristo em Jesus fosse o outro culpado
Vão-se os pelos nas toscas, rudes meiguices
E os fardos aos dinheiros roubados da fé
A cabeça martela, martela os
cinco sonetos
Não há outro destino senão o veneno
Para identificar em ti o mistério mais intimo
Porque tudo que falado encanta e dito mais ainda adentra
E tocado ainda mais entranha
Entranhado ainda solto, assenta
Pela manhã as praças cospem esperança
Da noite passada ter sido feliz
Como a dança dos embriagados intermináveis, infindos
A certeza da morte não mais existir
Vísceras alegres, olhos de cão
Do pão da noite à fome das cuias
Homens- pirão, mulher- canivete
Desçam todos ao Portinho dos peixes
Aves que são, urubus parecidos
E a noite das maravilhas debruçada caminha
Sois a pino, cortiços- fadigas
A noite das maravilhas
A noite maravilhada
São Luís, março de 1996
Leia o poema inédito A Noite das Maravilhas, da obra inédita Itinerário do Baixo-Forquilha-Noite, Putas e Poesia, de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia
A Noite das Maravilhas
Chispando, crispada a noite das maravilhas
A maravilhosa noite de quadris calejados
Mas estonteantes, perversos
Quando giram às mesas dos homens ausentes
Mas estonteantes, perversos
Quando giram às mesas dos homens ausentes
Rindo-se da falsa alegria ali imponente
Entre golpes de dor, mentiras e gim
E elas campeiam na ilusão dos segundos
Provocando milagres nas amaldiçoadas
Pelos restos de luz que a fumaça apodrece
Vão-se os pelos nas toscas, rudes meiguices
E os fardos aos dinheiros roubados da fé
E ninguém os sabe além do ‘eu te amo , te adoro
, te quero’
Sonolência, castelos , transfigurada a ideia: raiz do real
Meu heroico caralho afundando outra vez
Sonolência, castelos , transfigurada a ideia: raiz do real
Meu heroico caralho afundando outra vez
E é isso que dá ser poeta entre
multas
Dos acessos da noite na trilha mundana
Inexistências rompidas , caladas por ti ó dama
Louca das praias, deusa das águas de inferno
Dos acessos da noite na trilha mundana
Inexistências rompidas , caladas por ti ó dama
Louca das praias, deusa das águas de inferno
Para identificar em ti o mistério mais intimo
Porque tudo que falado encanta e dito mais ainda adentra
E tocado ainda mais entranha
Entranhado ainda solto, assenta
Da noite passada ter sido feliz
Como a dança dos embriagados intermináveis, infindos
A certeza da morte não mais existir
Vísceras alegres, olhos de cão
Do pão da noite à fome das cuias
Homens- pirão, mulher- canivete
Desçam todos ao Portinho dos peixes
Aves que são, urubus parecidos
E a noite das maravilhas debruçada caminha
Sois a pino, cortiços- fadigas
A noite das maravilhas
A noite maravilhada
São Luís, março de 1996
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''Não há outro destino senão o veneno
ResponderExcluirPara identificar em ti o mistério mais intimo''
Cara. Simplesmente Tudo! Te adoro Fernando Te Adoroooo
Da tua Admiradora secreta da Sede ( A Loirinha Show)
Você querido é um lindo , escreve muitoooooo
ResponderExcluirParabéns Fernando só alegria e sucesso
Beijos Ana Paula CEUMA 1
À noite toda
ResponderExcluirToda noite é uma ilha
Onde lugar melhor para deitar
Nadar
Deitados ao não dormir
Acerca do desconhecido descobrir
Mariscos na cama
Cercas de pele com lama
Por todos os lados
Manguezais alados
Café pra eu não parar
Nescal pra ela tomar