domingo, 18 de março de 2012
Leia na íntegra o poema ‘As Orquídeas’ da obra inédita Ode Triste para Amores Inacabados do poeta e jornalista ribamarense Fernando Atallaia
As Orquídeas 
Para Sandra Bullock, Lenine, Ana Cristina César e Silvia Plath
Assim como as flores perfumam o verão
As Orquídeas tumultuam o jardim dos calendários
           Qual vinho qual pão desenhadas num diário
Em cores de outono e famintas primaveras  
As rosas que exalam vestígios se margaridas aparecem
São pútridas rosas
E as Orquídeas?
Nos cantos se escondem da aparição e podem ser mais belas
Assim como os cravos se revelam tensos infelizes
A felicidade dos capins estar em pisar e ser pisados
                                 E pouco se fala das Orquídeas que 
Se arrastam
Assim como os espinhos e as mãos combinam
                             Além dos pares além do chão  
As Orquídeas pronunciam a beleza ao ser somente Orquídeas
E as rosas?
Sim. As rosas as invejarão
| Sandra Bullock: atriz tem a intensidade e a leveza das Orquídeas | 
Talvez o inverno se anuncie nos gramados dos amores impossíveis
E as Orquídeas vivam mais
E se casam com os vasos sempre vazios e são cuidadas
As Orquídeas podem lapidar o medo de galhos insípidos
                E florescer sozinhas
            Mas a realeza cabe a quem o fruto germina
                                      E as Orquídeas podem ser mais eternas que a terra que as 
                         Explica
Assim como a água e os sais no óleo se afastam e minguam
Qual a natureza dos opostos quando se aproximam?
| Lenine:compositor brasileiro coleciona e cultiva Orquídeas nos jardins de sua casa; talento do músico mostra orquidário de engenhosidade nas canções | 
Mas as Orquídeas no cio podem produzir o mel que os beija-flores imploram
Assim 
Se as rosas choram a nevoada que as Orquídeas adoram
E se entregam de corpo e alma sem estarem possuídas de espinhos
As Orquídeas se lançam aos campos de suas raízes
E se erguem no tempo 
Irmãs do vento beijando as tempestades
 Sussurrando dos galhos às raízes   
 Os amores que nascem do silêncio 
Sussurrando dos galhos às raízes 
Os amores que trazem do silêncio
2003
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Nossaaaaa hein??/ tu tava inspirado né rsrs muito lindo gato - adorei de verdade!!1
ResponderExcluirLauriane Cruzeiro
SIMPLESMENTE MARAVILHOSO HUM HUM BEIJOS DA CAROL
ResponderExcluirMuito bonito seu fernando atalaia voce estar de parabens , realmente o senhor é um grande escritor.
ResponderExcluirPriscilaa da vila sarney filhoo
Meu amigo Fernando, maravilhoso poema !!
ResponderExcluirMeu caro Fernando Atalaia, em um de nossos reencontros em 19/03 no face, pediste-me a opinião sobre seu poema AS ORQUÍDEAS; como me referi naquela oportunidade ”Gostei do que li "an pasan", em realidade poesia merece ser vivenciada, internalizada e como te remetes também: dedicada.” Como te comentei também iria lê-la com mais calma e atenção para comentar.
ResponderExcluirEmbora goste de escrever é cristalino que não possuo essa sensibilidade que transmite com profundidade a alma poética verificada em sua obra, entretanto, com tantas leituras já realizadas, vamos aprendendo a fazer distinções e assim chego à conclusão da maravilhosidade que é o seu poema.
Certo dia observando uma análise psicanalítica do feminino bipolar e borderline no contexto da música Orquid (Orquídea) de Alanis Morissette, onde a Luciaurea (http://www.yubliss.com/blog/9520/post/9603), mostra a diferença entre a orquídea e a rosa, tornou-se cristalino que os conhecimentos e sensibilidades ali estampados podem perfeitamente traduzir e/ou se comparar ao significado dos seus trechos poéticos. É evidente que aqui neles não há o que se falar em “transtornos”, mas, sem sombra de dúvidas na especial forma em que a aquela sensível autora define com propriedades ambas as flores.
“A orquídea é símbolo de vida, onde a sua presença em um jardim é muito definida pela sua formosura, perfume e convite à aproximação. Enquanto que a rosa é uma flor consagrada ao sagrado, ao amor, à paixão, à sedução.
Identicamente estão ligadas à fecundação, à sexualidade feminina, pois as suas formas se assemelham à vagina feminina, estando igualmente relacionadas ao sagrado, à perfeição e pureza espiritual, ou seja, àquilo que não pode ser revelado através de sua forma de botão. Quantas mensagens, então, sua imagem pode passar?
A primeira diferença notada entre as flores é a presença do clitóris feminino como símbolo, exposto na orquídea e protegido na rosa.
A segunda diferença é quanto à elegância não agressiva na orquídea, que não fere a ninguém, por outro lado, a rosa carrega em si a elegância protegida por seus espinhos. Os espinhos simbolizam a defesa e o ataque, sendo, portanto, uma referência de proteção de uma planta que é capaz de se defender em sua delicadeza.
As roseiras impõem uma presença de respeito porque podem machucar e tirar o sangue dos imprudentes, a orquídea é uma planta que se expõe a cuidados mais especiais, muitas vezes dependendo do ambiente que a cerca para receber proteção.”
Tão bem delineado, não há o que acrescentar, mas, sim, sentir-me privilegiado como leitor pelo acesso e oportunidade a tão belas linhas poéticas. Parabéns.
Carlos Augusto Furtado Moreira
Ten Cel PMMA – www.celqopmfurtado.blogspot.com
Concordo com o coronel. Muito bem poeta, você é ótimo e o comentario da nossa autoridade foi simplesmente tudo. Parabens policial.
ResponderExcluirMárcia Trindade Imperatriz-MA
Linda poesia cara tu éfoda mermo abraço
ResponderExcluirLaerte