terça-feira, 16 de janeiro de 2018
Nascida em um quilombo urbano de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, Roseno faz ecoar de sua voz o canto negro
Música é sinônimo de resistência. Esse é o lema da cantora mineira Andreia Roseno, que perpetua nos palcos as cantigas populares que representam sua ancestralidade.
Nascida no quilombo urbano Margem da Linha, na cidade de Teófilo Otoni, Minas Gerais, ela faz ecoar de sua voz o canto negro, interpretando músicas de nomes como João do Vale e Clementina de Jesus.
Embalada desde os primeiros anos pelas canções entoadas no rádio e no quilombo onde nasceu, a artista conta que o samba sempre esteve presente em sua vida.
Durante todo o processo que moldou a expressão de sua voz, que segundo Roseno, teve seu momento decisivo quando ingressou na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), a artista diz que nunca pensou em fazer música somente pela música.
"Eu
 cresci ouvindo música do rádio, que não necessariamente era música 
negra, mas o samba sempre me encantou. Fui me dando conta que, se um dia
 eu chegasse a cantar para além de expressar a voz falada, para eu 
cantar eu tinha que cantar essa música, essa música de resistência. Aí 
comecei a estudar a obra do João do Vale, da Clementina de Jesus e 
comecei a fazer esse processo", explica.
Sua musicalidade nos palcos vem da força de sua voz e nos toques de seu tambor. Tudo isso, conta Roseno, vem da força das mulheres negras e da ancestralidade que carrega.
"Esse processo da musicalidade preta, da resistência, as cantigas que a gente canta nas comunidades quilombolas, tudo isso vem das mulheres. Foram as mulheres negras que fizeram essa roda girar. A única coisa que a gente tem é a nossa ancestralidade e as mulheres são a simbologia maior dessa resistência. Porque foram elas que foram guardando todo esse saber e que foi repassando esse saber", como conta a cantora.
Roseno, que também é assistente social e Conselheira Municipal de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Belo Horizonte, encontrou no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, um dos lugares para expressar sua musicalidade e também sua militância.
"Eu estou acompanhando o Movimento, canto no Movimento nos atos de rua. O MST sempre me afirmou enquanto artista. E sempre afirmou a minha negritude. O MST foi o movimento que valorizou isso, valorizou os tambores. Quando eu chegava e falava para a produção: 'Olha, eu só tenho minha música é a voz e a percussão'. Eles diziam: 'Não, vamos fazer, é isso mesmo'. Isso é um incentivo muito grande", acrescenta.
Acompanhada apenas de um tambor e sua voz, a artista divide o palco com os ensaios do bloco de carnaval Afoxé Bandarerê. Ela reafirma que a inspiração para seu ofício de cantora ainda é a mesma: o compositor maranhense João do Vale. As apresentações feitas por Andréia Roseno estão disponíveis no Youtube.
Música é sinônimo de resistência. Esse é o lema da cantora mineira Andreia Roseno, que perpetua nos palcos as cantigas populares que representam sua ancestralidade.
Nascida no quilombo urbano Margem da Linha, na cidade de Teófilo Otoni, Minas Gerais, ela faz ecoar de sua voz o canto negro, interpretando músicas de nomes como João do Vale e Clementina de Jesus.
Embalada desde os primeiros anos pelas canções entoadas no rádio e no quilombo onde nasceu, a artista conta que o samba sempre esteve presente em sua vida.
Durante todo o processo que moldou a expressão de sua voz, que segundo Roseno, teve seu momento decisivo quando ingressou na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), a artista diz que nunca pensou em fazer música somente pela música.
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| Andréia Roseno interpreta canções de Clementina de Jesus e do maranhense João do Vale. | 
Sua musicalidade nos palcos vem da força de sua voz e nos toques de seu tambor. Tudo isso, conta Roseno, vem da força das mulheres negras e da ancestralidade que carrega.
"Esse processo da musicalidade preta, da resistência, as cantigas que a gente canta nas comunidades quilombolas, tudo isso vem das mulheres. Foram as mulheres negras que fizeram essa roda girar. A única coisa que a gente tem é a nossa ancestralidade e as mulheres são a simbologia maior dessa resistência. Porque foram elas que foram guardando todo esse saber e que foi repassando esse saber", como conta a cantora.
Roseno, que também é assistente social e Conselheira Municipal de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Belo Horizonte, encontrou no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, um dos lugares para expressar sua musicalidade e também sua militância.
"Eu estou acompanhando o Movimento, canto no Movimento nos atos de rua. O MST sempre me afirmou enquanto artista. E sempre afirmou a minha negritude. O MST foi o movimento que valorizou isso, valorizou os tambores. Quando eu chegava e falava para a produção: 'Olha, eu só tenho minha música é a voz e a percussão'. Eles diziam: 'Não, vamos fazer, é isso mesmo'. Isso é um incentivo muito grande", acrescenta.
Acompanhada apenas de um tambor e sua voz, a artista divide o palco com os ensaios do bloco de carnaval Afoxé Bandarerê. Ela reafirma que a inspiração para seu ofício de cantora ainda é a mesma: o compositor maranhense João do Vale. As apresentações feitas por Andréia Roseno estão disponíveis no Youtube.
As informações são do repórter José Eduardo Bernardes 
Edição de Anelize Moreira
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