sexta-feira, 17 de julho de 2020
Ana Cristina Siqueira Valle entrou sem nada em sua união com o hoje
presidente. Uma década depois, a mágica: saiu da relação com patrimônio
milionário
Nas escrituras guardadas há quase 20 anos, há informações que despertam a atenção: na compra de cinco desses 14 imóveis, o pagamento ocorreu “em moeda corrente”, ou seja, em dinheiro vivo. Foram duas casas, um apartamento e dois terrenos — tudo feito em negociações separadas ocorridas entre 2000 e 2006, que somam R$ 243.300, em dinheiro da época. Hoje, esse montante somaria R$ 680 mil, com a inflação corrigida pelo IPCA de acordo com a data de cada compra.
Durante a década em que esteve com Jair Bolsonaro, Ana Cristina
Siqueira Valle, a segunda ex-mulher do presidente, conquistou uma significativa
evolução patrimonial. Quem a vê agora andando pela Câmara Vereadores de
Resende, sempre maquiada, cabelo louro impecavelmente escovado, cortado em
estilo long bob (mais comprido na frente do que atrás) e salto fino, se recorda
pouco da assessora parlamentar sem nenhum imóvel dos anos 1990, quando
trabalhava no gabinete do deputado federal pela Bahia Jonival Lucas e conheceu
seu futuro segundo marido — até se relacionar com Bolsonaro, ela era casada com
um coronel da reserva do Exército.
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Quem a vê agora andando pela Câmara Vereadores de Resende, sempre maquiada, cabelo louro impecavelmente escovado, cortado em estilo long bob (mais comprido na frente do que atrás) e salto fino, se...
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Uma vez vivendo a nova união, ela se transformou em uma ávida
negociadora imobiliária, como revela um levantamento da reportagem feito com
base em quase 40 escrituras de compra e venda e 20 registros em cartórios no
Rio de Janeiro e em Brasília. Do final de 1997, quando se envolveu com o então
deputado federal, até 2008, momento do ruidoso rompimento, Ana Cristina
comprou, com Jair, 14 apartamentos, casas e terrenos, que somavam um patrimônio,
em imóveis, avaliado em cerca de R$ 3 milhões na data da separação — o
equivalente a R$ 5,3 milhões em valores corrigidos pela inflação.
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APÓS O LITÍGIO Ela revendeu os terrenos por R$ 1,9 milhão. |
Bolsonaro, quando se uniu a ela, também estava longe de possuir o
patrimônio atual. Na época, tinha apenas dois apartamentos no Rio e um terreno
onde depois construiu uma casa, na Vila de Mambucaba, em Angra dos Reis. Um
deles ficou com a primeira mulher, Rogéria Nantes Bolsonaro. Tudo havia sido
adquirido entre 1996 e 1997, ano em que se separou de Rogéria. Foi na década
seguinte, a mesma em que se concentra parte da investigação das rachadinhas (a
conhecida prática de devolução de salários de assessores aos políticos que os
contrataram) nos gabinetes de Flávio e Carlos, que a carteira imobiliária de
Ana Cristina se multiplicou.
Nas escrituras guardadas há quase 20 anos, há informações que despertam a atenção: na compra de cinco desses 14 imóveis, o pagamento ocorreu “em moeda corrente”, ou seja, em dinheiro vivo. Foram duas casas, um apartamento e dois terrenos — tudo feito em negociações separadas ocorridas entre 2000 e 2006, que somam R$ 243.300, em dinheiro da época. Hoje, esse montante somaria R$ 680 mil, com a inflação corrigida pelo IPCA de acordo com a data de cada compra.
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Um levantamento da reportagem feito com base em quase 40 escrituras de compra e venda e 20 registros em cartórios no Rio de Janeiro e em Brasília.
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Depois da separação, ela ficou com nove imóveis. Entre os bens
mantidos por Ana Cristina, havia cinco terrenos em Resende que levam a outras
transações incomuns. No total, o casal declarou ter adquirido o conjunto de
terras por R$ 160 mil em 2006, quando ainda estava junto. Após o litígio, cinco anos depois,
ela revendeu os terrenos por R$ 1,9 milhão.
O comprador que contribuiu para essa incrível valorização é um
personagem envolvido em outras transações nebulosas: o empresário do setor de
transportes Marcelo Traça. As compras, em março e julho de 2011, foram feitas
por uma empresa da qual ele é sócio, a Alambari Empreendimentos e Participações
Ltda. Traça é um conhecido delator da Operação Lava Jato no Rio e admitiu, em
sua colaboração premiada, que adquiria imóveis como forma de lavar dinheiro.
Juliana Dal Piva e Chico Otavio
Com João Paulo Saconi
Edição de ANB
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